Pequenas palestras, mas de grande importância, estão sendo dadas por profissionais da Secretaria de Saúde, durante a Semana Municipal de Combate à Tuberculose que começou no dia 19, segunda-feira, e vai até o dia 23, sexta-feira. Postos de saúde e escolas foram os locais escolhidos para que a equipe da Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose desenvolvesse as atividades necessárias durante a campanha.
As atividades começaram no dia 19, segunda-feira. A equipe da Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose esteve no posto de saúde do Belém. No dia seguinte, na Escola Nazira Salomão. Lá, eles passaram informações sobre a tuberculose, uma das doenças infecciosas mais antigas de que se tem notícia. Acompanha a humanidade há cerca de 15 milhões de anos e apesar dos grandes avanços da medicina, ainda é uma grande preocupação.
- Muitos tabus que ainda envolvem esta doença precisam ser desmistificados. As informações são básicas sobre a doença, que se tratada com seriedade, tem cura, - falou a coordenadora do programa, Sarah Messias.
A moradora do Belém, Maria de Lourdes Gomes de Oliveira, se surpreendeu com as informações que lhe foram passadas.
- Minha mãe teve a doença e manteve discrição, porque à época existiam muitos preconceitos. Hoje, depois dessas informações, percebi que a gente tem que se proteger, mas sem discriminar quem está doente. Porque a tuberculose, como eu pensava não se pega usando talheres, copos e pratos, - disse Maria de Lourdes.
No dia 24, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, será montada uma tenda na Praça Codrato de Vilhena (Praça do Papão) para a distribuição de panfletos educativos sobre a doença. Durante toda a semana acontecerão mini-palestras nos postos de saúde e distribuição de panfletos.
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria chamada “Bacilo de Koch”. A transmissão ocorre através do ar. Os principais sintomas são: tosse (por mais de 15 dias), febre (mais comumente ao entardecer), suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço fácil. O secretário de Saúde, Almílcar Caldellas, disse que é importante as pessoas procurarem o posto de saúde mais próximo de casa, caso apresente esses sintomas. O tratamento dura seis meses.
Uma vez identificada a doença, o paciente passa a ser atendido em casa por uma equipe multidisciplinar do Programa de Controle da Tuberculose. Além da medicação, que é gratuita, o paciente recebe assistência psicológica e social, como a distribuição de cesta básica para pessoas desnutridas. Quando ele abandona o tratamento é convidado a retornar.
Com apenas um mês de tratamento o paciente deixa de ser uma agente de contaminação da tuberculose, apesar da doença ainda existir em seu organismo. Vale lembrar também que não existe um grupo de risco na tuberculose, mas os pacientes com sistema imunológico debilitado, como por exemplo: diabéticos, desnutridos, portadores do vírus da AIDS e vítimas do alcoolismo, são mais suscetíveis à doença.