A prefeitura promoveu quinta-feira, dia 11, o V Encontro de EJA do Município de Angra dos Reis. O seminário, realizado no Cefet, no Parque Mambucaba, foi organizado pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia e contou com a parceria da Universidade Federal Fluminense (UFF). Centenas de profissionais das unidades da Educação para Jovens e Adultos (EJA) de Angra dos Reis participaram, incluindo os professores e os das equipes técnica e pedagógica. O tema do encontro foram os “Desafios e perspectivas da educação de jovens e adultos em Angra dos Reis”.
O seminário retomou discussões e reflexões sobre a modalidade de ensino, possibilitou a troca de experiências entre os profissionais e contribuiu para as práticas pedagógicas. Atualmente, Angra conta com 20 unidades da EJA, que funcionam nas escolas municipais, e cerca de 3.500 alunos na modalidade.
– É um momento significativo podermos nos reunir para refletir sobre nossas práticas em um campo que nos desafia com tantas especificidades – disse a Subsecretária de Educação, Neuza de Oliveira Fonseca, que representou a secretária de Educação, Luciane Rabha. – Temos nos empenhado em consolidar coletivamente diferentes formas de atender ao público de jovens, adultos e idosos, oferecendo um ensino de qualidade – completou a subsecretária.
A primeira palestra foi sobre “Legislação e políticas públicas de educação de jovens e adultos”, com Jane Paiva, professora da Uerj. Jane é referência no assunto em todo o país e foi a primeira professora a fundar o primeiro fórum de educação de jovens e adultos no Brasil.
A segunda palestra foi sobre “Diversidade do sujeito da EJA”, com os professores Elionaldo Fernandes Julião, professor da UFF de Angra dos Reis, e Marcos Antônio Chagas, professor do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj), Universidade Estácio de Sá e Faculdade Souza Marques.
A EJA é uma modalidade de ensino que equivale ao ensino fundamental, formando os alunos para que possam ingressar no ensino médio. A duração mais comum para a formação é de cinco anos, sendo o primeiro dedicado à alfabetização. Caso o aluno já seja alfabetizado, a formação se dá em menos tempo. Em Angra, além da EJA de cinco anos, há a unidade da Escola Municipal Cleuza Jordão, na Japuíba, cuja duração é de oito anos. Há ainda a EJA Guarani, na aldeia indígena do Bracuí.
Um outro tipo de EJA, que está em fase de implantação, é o Centro de Referência em Educação de Jovens e Adultos (Cereja), que irá funcionar no Balneário. Os diferenciais do Cereja são que ele irá funcionar durante o dia e será voltado para a faixa etária de 15 aos 25 anos.
A Secretaria de Educação tem ainda um projeto importante que está sendo elaborado e visa a facilitar a vida das mães estudantes da EJA. É o projeto Corujinha. Através dele, as alunas que têm filhos mas não têm com quem deixá-los durante as aulas poderão levá-los a um local apropriado e sob cuidados adequados.
– O Corujinha não é uma creche. É uma forma que estamos buscando de prestar atendimento a mães que estão nessa situação, já que observamos que muitas delas, por não terem com quem deixar seus filhos, levam-nos para a sala de aula – esclareceu Neuza.
Ao final do seminário, os participantes receberam certificados. O ensino especializado voltado para jovens e adultos é oferecido em Angra há 20 anos, sendo que desde 2007 através da EJA.