Danças folclóricas mantêm tradição da Festa do Divino

Estrutura montada no Cais de Santa Luzia viveu o clima do Império. Menino Imperador comandou a festa que segue até domingo

Sábado, 03/06/2017 | Secretaria de Cultura e Patrimônio .

A primeira noite da apresentação das danças folclóricas da Festa do Divino Espírito Santo em Angra dos Reis viveu o clima do Império na estrutura montada no Cais de Santa Luzia, sob o comando do Menino Imperador. O garoto Arthur Conceição de Melo Coelho, de 11 anos, reinou no seu Império na noite desta sexta-feira, 2, diante das apresentações dos Coquinhos, Jardineiras, Velhos, Marujos e Lanceiros.
O Menino Imperador assistiu ao lado de seu séquito, toda a programação na noite inaugural da agenda festiva no Cais de Santa Luzia, sob os olhares de populares que foram prestigiar a exibição das tradicionais danças folclóricas, que terminou por volta das 23h. Logo após, se apresentou no placo do Império, Rodrigo Camacho e a Turma do Vinil, encerrando a primeira noite da festa. O público que compareceu ao evento na noite de ontem, pode desfrutar além do espetáculo das danças folclóricas, das barraquinhas de comidas e bebidas montadas no Cais de Santa Luzia.
A agenda prossegue hoje à noite, sábado, 3, às 21h, no Império montado no Cais de Santa Luzia, de mais apresentações dos Coquinhos, Jardineiras, Velhos, Marujos e Lanceiros. No domingo, às 6h, acontece a Alvorada Festiva e amanhecer no Espírito Santo, com Santa Missa e Café Comunitário, às 9h30 tem a Procissão das Bandeiras, às 10h Missa Solene, às 16h acontece a Missa Festiva, e logo depois a Procissão do Divino Espírito Santo, e em seguida a troca da Coroa do Divino pelo chapéu do Imperador. A Festa do Divino está sendo realizada em parceria entre a Paróquia Nossa Senhora da Conceição e a Prefeitura de Angra, através da Secretaria Executiva de Cultura e Patrimônio

As danças folclóricas e seus significados na festa

Dança dos Coquinhos: os Coquinhos representam os filhos de escravos que dançavam homenageando o Menino Imperador. Usam máscara e capuz para não serem reconhecidos e levam, nas mãos, coquinhos que batem durante toda a dança.

Dança das Jardineiras: as Jardineiras representam as vendedoras de flores portuguesas. A dança é executada por um grupo de moças, metade vestida de jardineiras e metade vestida de jardineiros, trazendo nas mãos um arco florido.

Dança dos Lanceiros: os Lanceiros representam o corpo de guarda do Menino Imperador. A dança dos Lanceiros estava esquecida há muitos anos, quando, em 1976, foi revivida de forma incompleta e depois novamente esquecida. No ano de 1986 foi recuperada uma parte dela, que é a Valsa dos Lanceiros.

Dança dos Velhos: os Velhos representam os antigos escravos da terra que homenageiam o Menino Imperador com seus movimentos simples e alegres (semelhantes às quadrilhas juninas). Vestem-se com roupas confeccionadas em tecido barato, enfeitadas com renda e usam máscaras de papelão preto para não serem reconhecidos. Os Velhos dançam com castanholas e batendo os pés.

Dança dos Marujos: os Marujos representam os marinheiros da esquadra portuguesa que, segundo a lenda, tripulavam a barca que trazia o Menino Imperador. Vestidos com suas fardas, os Marujos dançam ao som de marchas e dobrados, evoluindo e formando diversos desenhos.