Angra celebra Nossa Senhora da Conceição

Missas, adoração e procissão marcaram a festa em louvor a padroeira da cidade, nessa quarta-feira (8)

Quinta-Feira, 09/12/2021 | Secretaria de Cultura e Patrimônio .

Depois de um novenário marcado por muita fé e devoção, com missas celebradas por padres convidados, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Centro, celebrou nessa quarta-feira (8) sua padroeira, também padroeira da cidade de Angra dos Reis.

As missas na manhã lotaram a igreja. A primeira, às 7h, contou com a bênção do Santíssimo Sacramento. Às 10h, Dom José Ubiratan, bispo da diocese de Itaguaí, celebrou a missa festiva. Diversas autoridades participaram deste momento de fé, entre elas a deputada estadual e primeira-dama do município, que foi agradecer a graça de completar um ano de sua posse na Alerj e pedir bênçãos para a cidade.

Logo após a celebração eucarística, houve o corte do bolo, animado com banda de música, na praça da Matriz. Um momento de confraternização e alegria que envolveu toda a comunidade católica.

A última celebração do dia, às 16h, foi celebrada pelo pároco Frei Marcelo de Jesus Maciel. O prefeito de Angra, que é devoto de Nossa Senhora participou da missa.

Nem mesmo a chuva que caiu na cidade no fim da tarde foi capaz de impedir que os devotos da padroeira saíssem em procissão pelas principais ruas do Centro, conduzindo as imagens de São Joaquim, Santana, São José e Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

LENDA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

Em Angra dos Reis, a festa em louvor à Nossa Senhora da Conceição tem origem em 1632 com a chegada, na então Vila dos Reis Magos da Ilha Grande, de uma Imagem da Imaculada Conceição, vinda de Portugal. Esse fato, envolto em uma lenda muito bonita afirma que a Imagem queria permanecer na cidade ao invés de seguir seu destino, rumo a uma vila no litoral de São Paulo, o que provocou a troca do padroeiro, que na época eram os Reis Magos.

Diz a lenda que toda a vez que a embarcação que levava a Santa partia da Baía da Ilha Grande, era obrigada a retornar por causa de tempestades que a impedia de seguir seu destino. Por três vezes o comandante tentou seguir viagem, mas sempre se formava uma tempestade e a nau não podia partir.

Acreditando que fosse um sinal divino, o comandante resolveu deixar a imagem em Angra e seguir viagem. A devoção a Nossa Senhora da Imaculada Conceição foi propagada de geração a geração até os dias de hoje.

Mas não é só isso. Conta a história que um cardume do peixe de nome cavala, cujo osso de sua cabeça forma a imagem perfeita da Imaculada, seguia a embarcação.

=- Assim conta a história: a Imaculada Conceição de Maria quis ficar em Angra dos Reis, como um sinal de amor, de afeto, de carinho da mãe de Deus para o povo angrense – refletiu Frei Marcelo.