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A Prefeitura de Angra está organizando uma belíssima festa de aniversário para a cidade, que completa 521 anos de muita história, cultura, beleza e tradição, sendo uma das mais antigas do Brasil. E neste ano haverá um resgate histórico e cultural importante: a volta das Pastorinhas, que irão se apresentar na quinta-feira, dia 5, às 22h30, na praça da sede da Prefeitura (praça Nilo Peçanha), e na sexta-feira, dia 6, também às 10h, na missa dos Santos Reis Magos, na Igreja Matriz, Centro.
A organização das festividades do Aniversário da Cidade está a cargo da Secretaria de Cultura e Patrimônio, Secretaria de Eventos e Fundação de Turismo de Angra dos Reis (Turisangra), que vem planejando as ações de ordenamento para receber o maior número de turistas e visitantes não só nos eventos comemorativos, mas na alta temporada em geral.
O resgate cultural das Pastorinhas, que não se apresentam desde o final da década de 90 tem sido de iniciativa da Secretaria de Cultura e Patrimônio. Em 2022 os ensaios se concentraram nos meses de novembro e dezembro, na Casa Larangeiras. Apresentando-se tradicionalmente no período compreendido entre o Natal e a festa de Reis, as Pastorinhas representam a visita feita pelos pastores ao local em que nasceu Jesus.
– É um sentimento de gratidão, pois a gente trabalha com gestores que valorizam a cultura e permitem que a gente a produza. Quero agradecer ao prefeito Fernando Jordão, ao secretário de Governo, Cláudio Ferreti, a todos da Secretaria de Cultura e aos artistas envolvidos – disse Andrei Lara, secretário de Cultura e Patrimônio.
As Pastorinhas são um grupo folclórico cujas origens remontam, possivelmente, à Idade Média. Daquele período para cá, essa manifestação popular foi evoluindo até chegar a forma de hoje. Formado por crianças e adolescentes trajando roupas típicas e representando personagens, o grupo Pastorinhas chegou a Angra no início do século passado. Além de cantar nas ruas, acompanhadas por uma pequena banda de música, as Pastorinhas visitavam as residências de famílias ilustres da cidade, onde presépios eram armados.
– Essa tradição é muito importante para Angra, pois as Pastorinhas são um folclore muito tradicional e antigo no município. Não podemos deixar nossa cultura morrer – diz Míriam Galindo, responsável pelos ensaios.
O mais recente resgate cultural das Pastorinhas demandou um trabalho de reescrita das partituras. A seguir começaram os ensaios. O folclore é dinâmico por excelência. Assim sendo, as Pastorinhas que neste ano de 2023 saem às ruas não são exatamente iguais às do início do século passado, mas músicas, danças e figurinos foram estruturados da forma mais autêntica possível.