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É inegável que Angra dos Reis é um grande celeiro cultural, das mais variadas vertentes. Mas, uma ação do Conselho Municipal de Política Cultural, em parceria com a Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria Executiva de Cultura e Patrimônio, tem fortalecido a cultura como fonte de economia criativa: o trabalho integrado entre as setoriais.
Ao todo, o Conselho de Cultura possui 16 setoriais: Artes Plásticas; Música; Artes Cênicas; Dança; Patrimônio Histórico Material; Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca; Moda; Cine, Foto e Vídeo; Cultura Afro-brasileira; Juventude; Artesanato; Folclore e Cultura Popular; Ateneu de Letras e Artes; Iniciativa Privada; Poder Legislativo e Poder Executivo. O resultado desta cadeia produtiva cultural artística é a geração e renda.
- O Conselho de Cultura de Angra dos Reis, um dos mais antigos do país, é subdivido em setoriais. Mas, na verdade, a cultura é um todo. Eu faço parte da Setorial de Cine, Foto e Vídeo, que caminha junto com a Moda, com a Literatura, entre outras. Nós representamos as setoriais, mas pensamos num todo, que é o Conselho de Cultura. Com uma setorial ajudando a outra, prevalece a cultura de Angra – destacou o presidente do Conselho Municipal de Política Cultural.
Segundo a secretária executiva de Cultura e Patrimônio, a Prefeitura tem incentivado a parceria entre as setoriais através de vários projetos e os resultados são visíveis.
- No aniversário da Casa de Cultura, em agosto, teremos um projeto onde as setoriais de Dança, Moda, Música, entre outras, estarão juntas numa mesma proposta Estas associações são muito importantes, pois demonstram as oportunidades de negócios, geração de renda, além de comprovar a transversalidade da cultura – avaliou a secretária.
A suplente da setorial de Moda, conta que o trabalho junto a outras setoriais começou a ser desenvolvido pelo segmento neste ano.
- Nós temos feito um trabalho de economia criativa, envolvendo as mulheres. Isso faz com que a gente fomente ações para a sociedade angrense. Atualmente, nós estamos na Casa de Cultura com a Mostra de Moda Sustentável. Posso destacar também o Bazar das Amigas, uma feira que consegue levar moda acessível para a sociedade, incluindo ações como o cabide solidário – explicou.
Outra parceria que deu certo foi entre as setoriais de Teatro, Música e Moda, que resultou no premiado espetáculo Borra de Café, cujo texto é de uma jovem angrense e fala sobre a depressão na adolescência.
- É de suma importância esta interação das setoriais para o teatro contemporâneo, pois desta maneira Angra é elevada culturalmente. O Borra de Café, espetáculo dirigido por mim, ganhou o prêmio de melhor espetáculo do ano no Sul Fluminense e isso foi um trabalho conjunto do Grupo Artêros e outras setoriais – avaliou o diretor da peça.