Representantes da Prefeitura de Angra, de Furnas Centrais Elétricas, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e do Fórum Comunitário do Parque Mambucaba se reuniram na quinta-feira (10) para apresentar o projeto escolhido pela comunidade para receber financiamento. O encontro foi realizado no Ciep 495 - Alberto da Veiga Guignard, no Parque Mambucaba. O projeto será um centro de reciclagem, e a área para o empreendimento será doada pela prefeitura.
A escolha é fruto do projeto Núcleo de Integração Comunitária, que começou a ser implementado junto aos moradores locais em julho de 2018. De lá para cá, desenvolveu-se um diagnóstico social participativo no bairro, coletando informações sobre a comunidade e realizando pesquisas com os moradores, tendo como objetivo impulsionar o desenvolvimento social e econômico local. Esse trabalho foi coordenado pelo Ibase, com a parceria da prefeitura, por meio do Programa Comunidades de Angra, que é gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade.
– O Ibase fomentou essa discussão com a população, mas quem decidiu foi ela mesma. Porque quem sabe melhor de seus problemas e necessidades é a própria comunidade local – explicou Sandra Plaisant, socióloga do Ibase.
O vice-prefeito de Angra, que também é morador do bairro, falou no mesmo sentido, sobre a importância de se dar voz à comunidade e também sobre a necessidade do trabalho de reciclagem no local.
– O importante é compreender o que o povo quer. O povo é muito sábio. Nós temos uma dificuldade enorme com a geração de renda aqui, e a reciclagem traz renda imediata, além de contribuir com a limpeza da cidade e, com isso, contribuir com a saúde. Porque higiene é saúde – disse o vice-prefeito.
O “Centro de Reciclagem, Inovação, Aprendizagem e Renovação (Criar)” venceu a enquete realizada no dia 5 deste mês com 281 votos. O outro projeto, um espaço de integração socioeconômica e cultural, teve 249 votos. O Criar será financiado por Furnas, com verba obtida por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os moradores presentes na reunião receberam o Diagnóstico social participativo e o Plano de ação, com dados sobre o bairro relacionados a políticas públicas, geografia, história e também sobre o que foi discutido no Núcleo de Integração Comunitária até então. O projeto continua ao longo do ano que vem. O Ibase, com o apoio da prefeitura, continuará até julho de 2020 acompanhando a implementação do Criar.