Setembro Amarelo: ação de acolhimento no Bonfim

Iniciativa promove, às quartas-feiras, a importância da saúde mental e oferece auriculoterapia, terapia corporal e outras atividades

Sexta-Feira, 27/08/2021 | Secretaria de Saúde .

A Prefeitura de Angra está realizando um conjunto de ações referentes ao Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre saúde mental e prevenção de violências autoprovocadas. Os problemas abordados envolvem depressão, ansiedade e, em casos mais graves, tentativas de suicídio. Nesta quarta-feira (1º de setembro), a Secretaria de Saúde do Município realiza o projeto “Acolhimento em qualquer momento”, para contribuir na minimização dos danos em saúde mental. A ação será na Praia do Bonfim, das 9h às 13h. A iniciativa é da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Bonfim e será realizada às quartas-feiras durante o Setembro Amarelo, sempre no mesmo local.

Os objetivos são realizar um acolhimento e atendimento com práticas educativas, reafirmar ao usuário da Estratégia de Saúde da Família do Bonfim a parceria entre equipe e comunidade, promover o autocuidado, sensibilizar a população com o cuidado com o próximo e efetivar o segmento da Saúde Mental na ESF Bonfim. Serão oferecidos auriculoterapia, terapia corporal, aromaterapia, aferição de pressão e glicemia capilar, oficina de artes, testagem de HIV e sifilis, yoga e biodanza.

As ações do Setembro Amarelo em Angra incluem a elaboração de um plano de enfrentamento à violência autoprovocada; a capacitação de profissionais da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social para notificações de tentativas de suicídio nos atendimentos por todas as unidades de suas secretarias municipais; a criação de canais de escuta para adolescentes em sofrimento (já que o problema é particularmente grave nessa faixa-etária) e do Consultório Virtual, que fará atendimento remoto em psicologia a adolescentes em sofrimento; além do Fórum de Prevenção às Violências Autoprovocadas, previsto para o dia 15 de setembro.

A estimativa da Organização Panamericana de Saúde é que, a cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida. O número de tentativas é ainda maior. Em torno de 96,8% dos casos de suicídio são relacionados a transtornos mentais, dentre eles a depressão, o transtorno bipolar e o abuso de substâncias, problemas frequentes observados e acompanhados pelas Equipes de Saúde da Família (ESF). A preocupação fica ainda maior na medida em que a pandemia pode intensificar os transtornos.

A OMS estima que 70% dos casos de pessoas que tiram a própria vida possuem causas evitáveis e aponta o acolhimento e a escuta qualificada como uma importante ferramenta na diminuição desses números. Considerando que a ESF é a porta de entrada para o SUS, ela se torna um espaço importante para o acolhimento e a escuta qualificada.

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