Angra em alerta contra o Aedes aegypti

Resultado do levantamento indica necessidade de ações preventivas

Terça-Feira, 25/01/2022 | Secretaria de Saúde .

Apesar de as atenções da população estarem predominantemente voltadas para a pandemia, é preciso manter os cuidados com outros problemas de saúde pública. Entre os dias 9 e 15 deste mês, a Prefeitura de Angra, por meio da Secretaria de Saúde do município, realizou o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2022. O resultado, que saiu na segunda-feira, 24, coloca Angra em estado de alerta para o risco de dengue, zika e chikungunya.

O LIRAa é a atividade de vistoria dos imóveis da cidade de forma amostral, que tem por objetivo quantificar a infestação de mosquitos em todas as áreas urbanas do município. A quantificação é feita por meio do índice de infestação predial (IPP), que indica a proporção entre imóveis vistoriados e imóveis com larvas do mosquito. O LIRa também mensura quais os principais tipos de criadouros utilizados para a oviposição do vetor das arboviroses – dengue, zika e chikungunya.

Desta vez foram pesquisados 3.587 imóveis e em 66 encontraram-se larvas do Aedes aegypti (55 residências e 11 terrenos baldios). O Índice de Infestação Predial (IIP) obtido em Angra foi 1,8% (a cada 1.000 imóveis vistoriados, 18 possuíam formas imaturas do vetor), classificado como alerta.

O resultado completo do primeiro LIRa de 2022 pode ser conferido em https://www.angra.rj.gov.br/ssa-liraa.asp?IndexSigla=SSA&vNomeLink=%20Levantamento%20R%E1pido%20de%20%CDndices%20para%20Aedes%20aegypti%20(LIRAa).

O trabalho é fundamental para determinar as estratégias de combate ao mosquito e permite direcionar as ações de prevenção e controle do Aedes aegypti na cidade, concentrando-as em áreas com maiores índices de infestação, além de determinar quais atividades serão realizadas, baseando-se nos recipientes e criadouros mais frequentes na área envolvida.

O resultado aponta que ainda há muitos criadouros nos imóveis da cidade, sendo a maioria de depósitos passíveis de remoção. É o caso de resíduos sólidos (recipientes plásticos, garrafas PET, latas); sucatas; entulhos de construção civil; calhas, lajes e toldos em desnível; ralos; sanitários em desuso; piscinas não tratadas; fontes ornamentais; cacos de vidro em muros; caixas; dentre outros.

– É necessário o apoio e a colaboração de todos na luta contra o mosquito. Os imóveis devem ser vistoriados pelos próprios moradores, uma vez por semana, buscando eliminar locais com água parada. Medidas simples podem auxiliar na diminuição da infestação do mosquito transmissor das doenças – alerta Romário Gabriel, coordenador de Vigilância Ambiental.

Quem souber de criadouros do mosquito pode também comunicar ao setor responsável, pelo 3377-7808, ou pela Ouvidoria do SUS, que atende por meio dos telefones 3364-4844 e 3365-2803, ou por formulário online, no site da Prefeitura de Angra (na página da Secretaria de Saúde).

CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE TER PARA A PREVENÇÃO
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos de água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo, uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do Aedes aegypti.

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