No dia 17 de março de 2022, Vanessa Figueiredo Neves, de 34 anos, moradora do bairro Marinas, deu à luz Acácio da Silva Neves, o primeiro bebê a vir ao mundo no Hospital e Maternidade de Angra dos Reis (HMAR). Exatamente um ano e 1.658 partos depois, a unidade segue acolhendo mães e bebês, num ambiente marcado por infraestrutura de ponta e humanização.
Unidade de assistência hospitalar voltada ao atendimento materno-infantil – referência de maternidade de alto risco da região da Baía da Ilha Grande –, o HMAR apresenta perfil de média e alta complexidade. Oferece atendimento em unidade de atendimento intensivo e UTI neonatal, funcionando 24 horas por dia, incluindo finais de semana, e faz parte da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE).
No primeiro ano de existência do HMAR foram efetuados 1.658 partos – 981 cesarianas; 677 partos normais – e 11.472 atendimentos no setor de acolhimento. A unidade conta com 57 leitos, e desses, cinco são para tratamento intensivo, um leito cirúrgico, um leito para isolamento, 24 leitos obstétricos cirúrgicos, seis leitos obstétricos clínicos, três leitos clínicos gerais e seis leitos do centro obstétrico, além de 12 leitos de UTI neonatal.
– Gosto muito de trabalhar aqui. Os profissionais são muito parceiros e amigos. A estrutura é excelente e, como estou na recepção, reparo que todas as mães elogiam a unidade. Quando recebem o kit maternidade, ao sair, ficam felizes pelo presente – relata a recepcionista hospitalar Andressa Regina Brasil, que começou a trabalhar no HMAR no início das operações da unidade.
O kit maternidade citado por Andressa é uma das ações realizadas pelo HMAR na promoção do acolhimento, visando o bem-estar das mães e filhos no momento da alta. Ele oferece um kit de primeiros cuidados com os bebês, juntamente com um certificado de fofura do recém-nascido – entre 18 de agosto de 2022 até 28 de fevereiro de 2023, foram entregues 673 kits. Prestes a também receber o mimo, a dona de casa Daiane Ferreira, de 30 anos, falou sobre o acolhimento que recebeu ao dar à luz Ana Laura, segunda filha.
– Tem sido ótimo. O atendimento é maravilhoso. A estrutura, os profissionais, tudo é muito bom. Mudou muita coisa desde o parto do meu primeiro filho, e hoje, estou me sentindo num hospital particular – relata Daiane, moradora da Banqueta, enquanto embala a filha, de três dias de vida, no colo.
Duas ações realizadas pelo HMAR servem como exemplo de acolhimento que extrapola uma relação baseada apenas no momento do nascimento entre mães, bebês e a unidade. Uma delas é a visita guiada pelo HMAR às futuras mães e aos pais, onde eles podem conhecer o local onde o bebê deles nascerá; a outra é que as puérperas – mães que acabaram de dar à luz – já saem da unidade com a primeira consulta marcada dentro da unidade. Além disso, no HMAR, a mãe pode registrar o filho dentro de um cartório localizado na própria maternidade, sem fila de espera. Mais do que facilidades, o objetivo é oferecer dignidade às mães e aos filhos.
– Ouço muitas palavras solidárias e positivas das pessoas, principalmente sobre como tudo mudou não só estruturalmente, visualmente, mas também quanto ao tratamento com as pessoas. Espero que o próximo ano de vida do HMAR seja de muitos nascimentos, muita humanização e muito conhecimento para todos os profissionais – conclui a enfermeira Bárbara Rocha, de 26 anos, antes de partir para outro atendimento.