Uma emocionante homenagem aos mortos do encouraçado Aquidabã, realizada pelo Colégio Naval, marcou a manhã do dia 21 de janeiro, quando o naufrágio na baía de Jacuecanga completou 105 anos.
O diretor executivo da Fundação Cultural de Angra (Cultuar), Marcos Fernando Ramos Moreira, representou o município no evento e depositou uma coroa de flores no local do naufrágio, junto com o capitão de mar e guerra, José de Andrade Bandeira Leandro. O delegado da Capitania dos Portos, André Luís, também marcou presença.
A homenagem comumente é realizada no Monumento Aquidabã, na Ponta Leste, erguido em homenagem às vítimas que morreram no acidente, 112 pessoas, entre elas, várias autoridades militares. Do trágico evento, 98 pessoas foram salvas.
O encouraçado Aquidabã foi construído pelo estaleiro Samuda & Brothers da Grã-Bretanha. Foi lançado ao mar em 14 de agosto de 1885. O Aquidabã era um dos navios mais avançados da época. Tinha 93 m de comprimento por 17 m de largura e motores a vapor de 6.200 hp. Possuía quatro canhões de 9 polegadas, quatro canhões de 5 polegadas, 16 metralhadoras e cinco tubos para lançamento de torpedos. Teve participação ativa durante a Revolta da Armada e depois ficou fora de ação por um tempo. Voltou à atividade em 1897.
No dia 21 de janeiro de 1906 participava de uma missão especial para escolher a área para a instalação do Arsenal de Marinha na Baía de Jacuacanga, em Angra dos Reis, quando por volta das 23h explodiu, partiu-se ao meio e vitimou centenas de pessoas.
Os destroços do Aquidabã estão submersos na baía de Jacuecanga a uma profundidade que varia entre 10 e 18 metros e atrai muitos mergulhadores.