Moinho do porto será demolido

Demolição será iniciada na próxima segunda, mas o ato simbólico marcou o início do projeto de expansão

Sexta-Feira, 04/02/2011 | .


Na manhã da sexta-feira, 4, autoridades se reuniram para a solenidade do ato simbólico da demolição do Moinho Sul Mineiro, que está desativado há mais de seis anos, no Porto de Angra. A demolição é o marco inicial do projeto de expansão do porto, que logo na primeira fase, prevê a construção do terceiro berço de atracação com 217 metos de cais, além de uma retroárea de, aproximadamente, 51 mil m2.

No evento, estavam presentes o vice-prefeito Essiomar Gomes, que representou o prefeito Tuca Jordão, o diretor executivo do porto, Robson Rangel; o ex-prefeito João Luís Gibrail Rocha, que foi homenageado pela sua importância na existência da atividade portuária no município, entre outras autoridades, como os secretários Carlos Alexandre Soares, da Secretaria de  Governo e Defesa Civil; Jorge Irineu, da Atividades Econômicas; Fernando Argolo, da Fazenda; Fabiano Delgado, de Esportes e Lazer; o presidente da Fundação Cultural (Cultuar), Paulo Mattos; os vereadores José Maria Justino, Ricardo Dutra, Aguilar Ribeiro, Jorge Eduardo e Antônio Cordeiro; e o comandante do Colégio Naval, capitão de mar e guerra Joíse Leandro.

“Desde 2008, eu e o prefeito Tuca Jordão estamos negociando a vinda da Techinip para cá. Essa integração foi fundamental para o sucesso do projeto. O poder público tem que dar benefícios para empresas que geram emprego e renda para nossa população. Aqui, são cerca de 500 trabalhadores com mão-de-obra qualificada e que estão satisfeitos com os investimentos no nosso porto”, falou o vice-prefeito Essiomar Gomes.

O diretor executivo do porto, Robson Rangel, falou sobre a importância do projeto para a economia do município.

“Estamos iniciando, hoje, um novo ciclo de desenvolvimento econômico de Angra dos Reis. 2011 será um ano de muito investimento e, para mim, o que está acontecendo é um marco, pois estamos nessa luta há um ano e meio”, declarou Robson.

O ato simbólico de demolição foi feito por Robson, Essiomar e o homenageado João Luís, que deram marretadas no moinho, que só começará a ser demolido na segunda-feira, 7.

Dados da demolição
   
O Moinho Sul Mineiro é uma importante figura da economia angrense  na década de 70. Ele era utilizado como depósito para estocagem de grãos e possibilitava à empresa, descarregar navios de trigo a granel em instalações próprias.

O processo de demolição se iniciará na segunda-feira, 7, através de um processo mecânico dividido por partes. A empresa contratada para a obra é a FBI, que é especializada em demolições de moinhos e está entre as seis melhores do país, segundo Robson Rangel.

Ele explicou ainda que o processo por implosão foi descartado por ser tecnicamente inviável, já que o aterro, onde está localizado o moinho, é antigo.

“Fatores técnicos provaram que seria impossível a implosão”, frisou ele, que ainda explicou que os resíduos do desmoronamento serão utilizados para o aterro do terceiro berço. “Tudo será feito de maneira ecologicamente correta, pois estamos dentro dos prazos do Inea e com a aprovação deles”, falou.

O processo demorará cerca de três meses e os galpões um e dois também serão demolidos. O galpão três já está sendo revitalizado para ser utilizado.

A construção do terceiro berço será iniciada no início de maio, pois o estudo técnico, que há cerca de um ano está em andamento no Inea, será  entregue no final de abril. “Estamos planejando a entrega do terceiro berço para abril de 2012. A obra deverá durar cerca de um ano”, contou.
   
Reuniões para a construção da fábrica de tubos já começaram
   
As várias instituições envolvidas para construção da fábrica de tubos, que será no porto, já iniciaram suas reuniões com a Techinip, como a Cia. Docas, Inea, Prefeitura de Angra, Governo do Estado e federal. Ainda será construída uma escola técnica, que será um Centro de Treinamento. “Faremos parcerias para os cursos técnicos para especialização de mão-de-obra”, falou ele.

O prazo final para o término da expansão do porto é 2015, mas segundo Rangel, a vontade é que, no final de 2013, as obras estejam totalmente concluídas. “Não depende apenas de nossa vontade, mas de um conjunto de fatores burocráticos”, finalizou.

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