Mutirão contra a dengue em mais dois bairros

Mais dois mutirões de controle e combate a dengue foram realizados nos bairros Jacuecanga (19/01) e Campo Belo (26/01), pela Prefeitura de Angra, através da Fundação de Saúde (Fusar). Cerca de 80 agentes, além do apoio da Defesa Civil, que auxilia no serviço de vedação de caixas d'águas, trabalharam durante as atividades desenvolvidas nas ações, que contaram ainda com o apoio dos Fiscais Sanitários (Diretoria de Vigilância Sanitária), que notificaram os pontos críticos propícios à proliferação do Aedes aegypti e dos ficais de posturas, da Secretaria de Fazenda.

Durante os mutirões foram realizadas diversas atividades como o serviço de visita domiciliar (inspeção, tratamento e coleta de focos), serviço de fumacê, serviço de borrifação, serviço de bloqueios (nos imóveis com pacientes suspeitos de dengue conforme  informações da Vigilância Epidemiológica), e ação de manejo ambiental (retirada de depósitos sem utilidade).

Jacuecanga: moradores flutuantes preocupam a vigilância ambiental

Na Jacuecanga, foram vistoriados 2.161 imóveis e 49% deles não foram visitados internamente, pois estavam fechados. Isto se deve ao fato da maioria dos proprietários se encontrar em horário de trabalho. Para que este fato seja solucionado e estes imóveis sejam trabalhados, a diretoria de Vigilância Ambiental definiu como estratégia, a realização de mutirões nos finais de semana, a fim de encontrar os moradores em suas residências, permitindo assim o tratamento completo dos imóveis. No bairro foram instaladas 21 capas de caixas d'água.

O diretor de Vigilância Ambiental, Leonardo Freitas, contou que ainda, no bairro, há um problema com os trabalhadores do estaleiro BrasFels que são de outras cidades e residem no município apenas nos dias de trabalho. “Eles acabam trazendo o mosquito para Angra, pois não cuidam de locais de possíveis focos. Durante a semana eles estão trabalhando e no final de semana estão em suas cidades. Como a gente consegue visitar o imóvel?”, questiona ele.

Só na Jacuecanga foram confirmados quatro casos da doença, neste ano, que são os únicos casos do município inteiro. “Nossa maior preocupação sempre foi a Japuíba, mas lá não tivemos nenhum caso confirmado neste ano ainda”, relatou ele.

Campo Belo: carros e barcos abandonados na rua

Já no Campo Belo, 2.418 imóveis foram informados e 45% não puderam ser visitados internamente. No local, também foi observado um alto número de carros e barcos abandonados na rua e os proprietários foram devidamente notificados pelos fiscais de postura. Os carros dos proprietários que não foram encontrados, serão rebocados, pois as placas e endereços foram anotadas para devidas providências. A Diretoria de Vigilância Ambiental informou ainda que a equipe de educação em saúde estará visitando o bairro, em parceria com as Associações de Moradores, para realizar reuniões periódicas a fim de conscientizar a população sobre as medidas preventivas e corretivas para o controle e combate ao Aedes aegypt.

O último Levantamento de Índice Rápido (Lira), realizado em outubro, apontou que 1% dos focos do mosquito estão nos imóveis  (índice predial), que é um índice, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), baixo. “Estamos no limiar do baixo risco”, frisou Leonardo.

O próximo Lira será realizado durante os dias 7 a 11 de março.