A Fundação Cultural de Angra (Cultuar) acertou mais uma vez e agradou em cheio ao público, que lotou a Praça do Porto, na sexta-feira, 1º de abril, durante os shows do Projeto Noites Angrenses, que apresentou samba de raiz com o Grupo Siri Candeia e jazz com Quatro Cabeças Instrumental Band: duas excelentes atrações que marcaram o fim de semana.
No sábado, 2, devido às chuvas, o show do compositor e cantor Mongol, premiado em diversos festivais do Brasil, assim como o de Wolney Rocha, prata da casa, foram adiados. Brevemente nova data será marcada e divulgada pela Cultuar.
O grupo de sambistas de Angra, Ricardinho, (pandeiro), Zizico (tantan), Glicério (repique), Fabiano (cavaquinho), Fernando Pintado (bandolim), Francis (surdo) e Naldo (violão); do Siri Candeia, com um repertório caprichado de sambas enredos , que marcaram época, e canções de diversos bambas do samba como Noel Rosa e Nelson Cavaquinho, não deixou o público parado. Todo mundo sambou e cantou à vontade, pedindo bis no final.
O mesmo aconteceu com o Quatro Cabeças Instrumental Band, que entrou no palco logo depois do Siri Candeia, impressionando a plateia pela performance perfeita dos integrantes, que deram um show de jazz, executando belas canções como “Favela”, de Antônio Carlos Jobim, “Oh! Blues” (Stevie Wonder), “Melancia” (Grupo Cama de Gato) e outras mais. Olhares atentos acompanhavam os músicos , que deram shows à parte como o Marcos Vinícius Zampagione (o Marcão de Angra), no baixo acústico, elétrico e fretller); e os demais do Rio de Janeiro, Leopoldino Júnior (trompete), Rogério Fraga (sax), Gilmar Moraes ( piano e rhoade); e Rogério Fraga (bateria).
O Ricardinho do Siri Candeia, em nome do grupo, fez questão de agradecer ao presidente da Cultuar Paulo Mattos, e a Prefeitura de Angra, através do prefeito Tuca Jordão, a oportunidade de se apresentar pela primeira vez no projeto. O mesmo fez Marcão , do Quatro Cabeças Instrumental Band : “é assim que se faz Cultura de qualidade. Angra precisa de mais momentos como esse”- disse o baixista do grupo.
Antes dos shows, às 20h, o espaço foi tomado pela Trupe do Descoco apresentando o espetáculo a “Princesa Sisuda” com o grupo do Frade, dirigido por Márcia Brasil, se aprimorando a cada apresentação. Os atores chegaram cedo e começaram montar o castelo da princesa, onde se passa a história. A menina Ana Beatriz estava brincando nos balanços da praça e quando viu o movimento dos atores correu ao encontro deles. Sua mãe Ana Cecília disse que é a terceira vez que a filha vê o espetáculo na praça. “Quando ela viu que era a princesa Sisuda que ia se apresentar sentou logo na cadeira. É um projeto muito bom, porque traz o teatro para perto das crianças e gratuitamente”- comentou Ana Cecília, que mora no Morro da caixa DaspasÁgua.