Saindo da comunidade do Morro do Tatu, a Procissão de Domingo de Ramos, dia 17, a partir das 8h, abriu com muita fé , alegria, música e ramos de palmeiras, as celebrações da Semana Santa em Angra dos Reis. Uma grande cruz e um andor, que levava a palavra de Deus , simbolizada pela Bíblia, foram os destaques da procissão.
A procissão a cada ano sai de um bairro do Centro e foi antecedida por um café comunitário oferecido pelos moradores. O cortejo seguiu em direção à igreja do Carmo onde foi celebrada a solene Missa de Ramos.
O evento religioso recebeu o apoio da prefeitura, através do Departamento de Patrimônio da Fundação Cultural de Angra (Cultuar), representado por Alonso de Oliveira. . Centenas de fieis, os freis Fernando e Donizete, ministros e coroinhas acompanharam a procissão, cantando diversos hinos, sendo o principal o “Hosana” e levando ramos de palmeiras bentas , lembrando o gesto de aclamação que o povo fez para Jesus Cristo.
Segundo o catolicismo, a procissão simboliza a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém, quando o povo cortou ramos e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde Jesus passou despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Esse mesmo povo, dias depois, influenciado pelos sacerdotes, mudaram de ideia e solicitaram o seu julgamento.
Pela tradição popular, as palmeiras depois das celebrações são levadas pelos fieis, que acreditam que elas têm o poder de abrandar fortes tempestades, ao serem queimadas no interior e varandas das residências. A tradição vem sendo repassada na cidade, através das gerações.
A professora Marília Clara com o filho Igor acompanhou toda a procissão emocionada, lembrando da mãe já falecida, que foi a primeira pessoa que a apresentou aos festejos religiosos e à fé cristã.
_ Estou aqui com meu filho desenvolvendo minha fé e mostrando a ele a importância das procissões e de todas as celebrações da Semana Santa, para que ele possa fazer o mesmo quando tiver seus filhos. Minha mãe foi meu exemplo e acredito que todas as famílias deveriam fazer o mesmo, envolver seus filhos e mostrar que devem crescer conhecendo e valorizando sua cultura religiosa – afirmou Marília.