.
-
Veleiros clássicos dão um colorido às belas águas de Angra dos Reis, e encanta organizadores da regata
Crédito: luis fernando lara
A 1ª Regata de Veleiros Clássicos de Angra dos Reis começou no sábado, 30 de abril, no Resort Novo Frade, com boas condições para os belos veleiros que desfilaram todo o seu charme nas águas cristalinas de Angra. O sol apareceu, o vento soprou com cerca de sete a dez nós, velocidade considerada boa para esta região, e as condições foram consideradas boas durante todo o fim de semana. Como explica Pedro Paulo Petersen, árbitro geral da regata. "As condições encontradas aqui hoje são consideradas boas para Angra dos Reis. O ideal seria termos no mínimo 20 nós de vento. Em contrapartida, dessa forma os velejadores que têm mais técnica acabam se sobressaindo", analisa. E técnica não faltou para os vencedores.
O fita-azul (primeiro barco a cruzar a linha de chegada) no sábado foi o sempre competitivo “Orion”, do medalhista olímpico Kiko Pelicano. Em segundo ficou o “Marga” de Lars Grael, seguido por seu irmão Torben com o “Lady Lou”. Na quarta posição (resultados intercategorias), veio o “Susy Dear”, que tinha como comandante Gastão Brun, que também é velejador olímpico.
Apesar de os primeiros colocados não serem da mesma categoria, até o meio da regata não havia um vencedor em potencial, uma vez que todos os quatro se revezaram na ponta. Entre os que conseguiram fazer uma boa regata e emplacou a primeira colocação está o Dalia, comandado pela comandante Silvana Campello.
- A “Dalia” é um barco pesado e precisamos saber lidar com as nuances do vento para conseguir ter um bom desempenho. Somos um barco de travessias oceânicas, e não temos preocupação com nosso peso - disse Silvana.
No domingo, o cenário ficou bem parecido, com ventos moderados, sol e mais um desfile de belos barcos. Fora da água houve mais um dia de confraternização, enquanto no mar, muitas velas içadas voltavam a colorir o mar de Angra em outra regata muito disputada. Mais clássico impossível. Assim pode ser definido o segundo dia de disputas da primeira regata de veleiros clássicos. O fita-azul do segundo dia de regata foi o “Marga”, de Lars Grael. O barco, que fora dado de presente por seu irmão, Torben, foi fabricado em 1933, sendo o mais antigo da competição. A chegada entre os três primeiros: “Marga”, “Orion” e “Lady Lou”, nesta ordem, foi apertadíssima, com os barcos cruzando a linha de chegada com menos de 10 segundos de diferença.
- Estou muito feliz por estar velejando ao lado de meu filho. O “Marga” mostrou a todos que a “velha senhora” pode fazer bonito. Conseguimos velejar bem com ventos fracos, pois somos um barco bem leve, mas no final da regata fiquei apreensivo, já que nossos oponentes estavam bem perto - disse Grael após a vitória.
O presidente da TurisAngra e velejador olímpico Daniel Santiago saudou os competidores e seus familiares pela participação em evento tão representativo para Angra dos Reis.
- Estamos diante de um dos lugares mais lindos do mundo, com uma natureza exuberante, e nada melhor para compor esta paisagem do que a elegância e o colorido dos barcos clássicos. Trata-se de uma vocação natural da nossa cidade que precisa cada dia mais fomentar iniciativas como esta. Definitivamente Angra dos Reis precisa se firmar no calendário do iatismo nacional, tanto por conta dos bons frutos que o setor turístico de certo colherá, quanto pela importância da prática esportiva como forma de desenvolvimento social. Temos certeza que esta será a primeira de muitas etapas que ocorrerão em nossa cidade, auxiliando no desenvolvimento de um turismo de qualidade, onde o encontro de amigos ocupará, em total harmonia, o mesmo espaço dos competidores e da rivalidade que os grandes nomes do iatismo nacional certamente trarão para as raias - disse Daniel Santiago.
A escolha de Angra dos Reis como palco de mais uma regata se deu por causa de sua localização estratégica, no meio de uma vizinhança que abriga grandes clássicos brasileiros, como Paraty, Ilha Grande e Ilhabela, e rodeada por uma natureza exuberante, reunindo montanhas, praias e ilhas em um só lugar. O organizador do evento Loïc Gosselin da agência Media Mundi, ficou surpreso com tamanho potencial da região para este tipo de evento.
- Além do local excepcional, Angra dos Reis, escolhida a dedo para sediar o início do encontro anual dos clássicos, a 1ª Regata de Veleiros Clássicos - etapa Angra dos Reis ainda segue a fórmula da tão conhecida etapa de Búzios, indo para sua sexta edição, com três grandes confraternizações em terra e dois encontros especiais
A 1ª Regata de Veleiros Clássicos de Angra dos Reis contou com o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer; patrocínio institucional da Prefeitura Municipal de Angra dos Reis através da TurisAngra; copatrocínio Servier e Band Sports; apoios: Sax Magazine, Revista Velejar, MPB FM, Tag Heuer,
RESULTADOS:
CLASSE A
1 - Cegane - ano de construção 1973
2 - Bandido - ano de construção 1960
3 - Cicerone II - ano de construção 1977
4 - Roca Bruja - ano de construção 1973
CLASSE B
1 – Marga - ano de construção 1933
2 - Macanudo - ano de construção 1974
3 - Aventura - ano de construção 1955
CLASSE C
1 - Orion - ano de construção 1976
2 - Plancton - ano de construção 1972
3 - Kalimera - ano de construção 1969
4 - Loucura - ano de construção 1971
5 - Neptunus - ano de construção 1967
CLASSE BRASIL
1 - Cairu II - ano de construção 1949
1 - Turuna - ano de construção 1952
3 - Cangaceiro - ano de construção 1954
CLASSE D
1 - Lady Lou - ano de construção 1964
2 - Suzy Dear - ano de construção 1979
3 - Cairu III - ano de construção 1960
4 - Cangaceiro - ano de construção 1973
CLASSE E
1 - Teimosa - não declarado ano de construcao
2 - Dalia - ano de construção 2001 ( projeto de 1808)
3 - Aquamarine - ano de construção 1984
4 - Bruxa do Mar - ano de construção 1974