Quem via Patrícia Magno recolhendo pedaços de caixas de papelão imensos e enchendo os bancos de seu carro de materiais encontrados nas esquinas das ruas da cidade, principalmente grandes caixas de papelão, não imaginava que, manuseados com carinho e criatividade, eles poderiam se transformar nos belos quadros, que enfeitam hoje os salões do Espaço Eletronuclear, no Centro da cidade, na exposição denominada Folhas Secas.
São 38 quadros expostos, e quase todos já estão vendidos. A artista não utiliza molduras e nenhum tipo de tela convencional. Trabalha sobre grandes folhas de papelão, que são as bases de seus quadros. Pintadas com bastante colorido e preenchidos com sacolas de supermercados, casca de ovo, rolos de papel higiênico, garrafas PET folhas de jornal , folhas secas e diversos outros materiais - recolhidos por ela em vários locais da cidade e armazenados em seu ateliê- as telas ganham vida se transformando em desenhos variados, como diversas formas de folhas e flores, que, ao serem apreciados, fica difícil de reconhecer qual o material foi utilizado pela artista.
A Fundação Cultural de Angra (Cultuar) já está aguardando uma nova exposição da artista para o mês de julho, na Casa Larangeira, desta vez utilizando a reciclagem para obras de arte tátil, para poder ser apreciada com toda profusão por portadores de deficiência visual.
A exposição pode ser visitada de segunda-feira a sábado, no Espaço Eletronuclear, na Avenida Júlio Maria, 160, Centro. De segunda a sexta-feira, a visitação é das 8h às 21h, e aos sábados, das 9h às 14h.