Para ensinar e reacender o gosto por personagens tradicionais dos blocos carnavalescos nas comunidades de Angra dos Reis, o mestre-sala Chidonga (Vicente de Paulo), com o apoio da Fundação Cultural (Cultuar), está voltando com seu antigo projeto de escolinha de mestre-sala e porta-bandeira gratuita, que já formou duplas que estão começando a despontar no cenário carnavalesco, como os jovens mestres-salas e porta-bandeiras Ceni e Pablo e Katlen e Luan.
As inscrições estão abertas na Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis (Centro), de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h. Podem se inscrever crianças a partir de 10 anos, jovens, adultos e pessoas da terceira idade. As aulas acontecerão às sextas-feiras, das 19h às 21h, na Casa de Cultura, e já começam na sexta, dia 3 de junho. Portanto, é bom garantir sua vaga.
O projeto foi feito há alguns anos com o patrocínio da prefeitura, mas ficou paralisado por um tempo e agora está voltando com toda a força, apoiado pela Fundação Cultural de Angra (Cultuar), que está acreditando na iniciativa, conforme explica o presidente da Cultuar, Paulo Mattos.
_ É um projeto excelente que estamos incentivando, porque os blocos precisam ter suas porta-bandeiras e mestres-salas, como no passado. Hoje vemos as mesmas duplas em mais de dois blocos e acredito que não é o ideal. Quanto mais artistas os blocos formarem, mais condições terão de multiplicar a arte do mestre-sala, porta-bandeira, passistas e rainha de bateria . O projeto do Chidonga é muito bom e vai dar ótimos resultados, tenho certeza– afirma ele.
Chidonga é muito querido entre todos os blocos da cidade e já chegou a sair em mais de quatro em carnavais passados com a porta-bandeira Bia. O seu coração está no Bloco da Fortaleza, onde começou a sua arte, mas hoje em dia ele é bem mais conhecido como o mestre-sala do Bloco da Imprensa, que também tem lugar garantido no seu coração. Mas já saiu no Caravelas, do Morro do Peres e em outros, onde tem grandes amigos.
No carnaval passado, a dupla de mestre-sala e porta-bandeira mirim , Ceni e Pablo, do Boco da Imprensa, foi uma das sensações do festejo. Eles foram alunos de Chidonga e continuam aprendendo com ele, toda vez que surge uma oportunidade.
_ Gosto muito do que faço e sei que tenho, como todo artista popular, o ofício de ensinar nossa arte, para o maior número de pessoas possível, e na escolinha tenho esta possibilidade. Por isso convido todos os participantes dos blocos para enviarem alunos, crianças e jovens que se destacam nos ensaios e que futuramente poderão desfilar na avenida com toda a graça e técnica- explica ele.
Escolinha de mestre-sala e porta-bandeira gratuita
Curso será oferecido pela Cultuar na Casa de Cultura. O professor é o grande mestre-sala Chidonga