Angra definitivamente de frente para o mar

Prefeito Tuca Jordão conclui abertura da frente da cidade com demolição do restaurante Verde Mar

Quarta-Feira, 01/06/2011 | .


A tão esperada demolição do prédio do Restaurante Verde Mar, que foi construído há pelo menos quatro décadas na Av. Júlio Maria, no Centro de Angra dos Reis, aconteceu na noite da terça-feira, 31 de maio, e foi assistida por cerca de 300 pessoas que passavam pelo local. O prédio, de frente para o mar, tinha uma localização privilegiada, e as negociações com a Cia. Docas para sua demolição, iniciadas no governo do ex-prefeito Fernando Jordão, foram finalizadas às 17h30, com um fax do escritório da empresa, no Rio de Janeiro, com a autorização de demolição para o  prefeito Tuca Jordão.

– Essa demolição era um sonho da prefeitura. As negociações estavam acontecendo há oito anos e, agora, no meu governo, conseguimos chegar a um acordo. Com a demolição, abriremos a frente da cidade e daremos continuidade ao projeto urbanístico, que conta ainda com a construção de ciclovia, urbanização da Praia do Anil e construção do Centro de Convenções na Praia da Chácara. Estamos definitivamente colocando Angra de frente para o mar – falou o prefeito Tuca Jordão, enquanto assistia a demolição,  feita com uma retroescavadeira que, com precisão, derrubou as paredes, vigas e lages do prédio de três andares.

Segundo o secretário de Meio Ambiente Marco Aurélio Vargas, o aterro hidráulico da cidade foi feito pela Cia. Docas, na década de 40, e o prédio foi construído através de uma parceria público-privada da prefeitura com o ex-presidente da Câmara Benedito Adelino dos Santos, que o cedeu à empresa em 1982, através de uma lei autorizativa.

– Eles não tinham a escritura do prédio,e, em um consenso para o bem da cidade, acordou-se a demolição – contou o secretário.

O procurador-geral do município, André Pereira, que conduziu as negociações junto ao prefeito Tuca Jordão, contou também que nunca houve um termo de doação do prédio à Cia. Docas.

– Tudo começou com um processo de despejo do restaurante e das lojas, pelo vencimento do contrato com a Cia. Docas. Isso só veio reforçar que, com o prédio vazio, poderíamos fazer a demolição – explicou o procurador, que falou ainda sobre outras áreas da empresa que ainda estão em negociação com a prefeitura, como o Lote 3 – área em frente ao Fórum – onde será construído o novo Fórum do município. Segundo ele, o Lote 4, também no aterro do São Bento, onde funcionou um estacionamento público em 2009, e a área em frente à Santa Casa, estão em negociação.

A secretária de Obras, Habitação e Serviços Públicos, Elenize Cambeiro, explicou também que os restaurantes do Cais de Santa Luzia utilizavam a caixa d'água do prédio demolido.

– Tivemos que construir uma caixa d'água provisória ao lado dos restaurantes, mas já estamos com o processo em licitação para colocarmos as caixas em cima dos estabelecimentos – contou a secretária, que também estava presente no ato da demolição. Aliás, grande parte do secretariado estava presente assistindo ao momento histórico. O presidente da Câmara, José Antônio, e os vereadores Jorge Eduardo Mascote, José Maria Justino, Ricardo Dutra e Amílcar Caldellas também estavam no local.

Após o termino da demolicao, comecou a retirada do material e o transito no local ficará em meia pista até o término do serviço.

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