Angra trabalha pela segurança das encostas

Monitoramento remoto novo no país deverá ser implantado nas Sapinhatubas 1, 2 e 3

Sexta-Feira, 03/06/2011 | .

O Secretário de Meio Ambiente, Marco Aurélio Vargas, e a Secretária de Obras, Elenize Cambeiro, receberam técnicos da Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da UFRJ (Coppe/UFRJ) e da PUC/RJ para uma visita técnica às Sapinhatubas. O objetivo principal da visita, feita na sexta-feira, dia 03, foi estudar como será feita a implantação de um moderno sistema de monitoramento para as encostas daqueles bairros.


 Juntamente com os técnicos – os geotécnicos Anna Laura Nunes, da Coppe, e Alberto Sayão, da PUC – também veio a Angra dos Reis o engenheiro espanhol Javier Rico, representante da empresa de engenharia de sistemas IDS Brasil. De acordo com o projeto que está sendo elaborado pelos técnicos, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Angra, a IDS Brasil deverá implantar o sistema Ibis-M de monitoramento para as encostas das Sapinhatubas.


 O sistema Ibis-M é de procedência italiana e utiliza uma tecnologia avançada. Já é utilizado em vários países europeus e também nos Estados Unidos, Indonésia, China, Austrália, Peru etc. O Ibis-M ainda não foi implantado no Brasil. De acordo com Rico, a primeira experiência será feita em Belo Horizonte, a pedido de uma mineradora, dentro de aproximadamente um mês e meio. Angra deve ser o segundo local a receber o sistema.


 – O sistema mede a movimentação das encostas com bastante precisão e pode registrar movimentos de até 0,1 milímetros – Afirmou Rico. – O equipamento é colocado em um local adequado para fazer os registros e então envia os dados a um computador em uma base, que pode ser a Defesa Civil, por exemplo – explicou o engenheiro.


 Os geotécnicos visitaram algumas áreas das Sapinhatubas I e II, fizeram fotos e analisaram rachaduras em casas, escadas e calçadas. De acordo com os profissionais, as rachaduras na Sapinhatuba I são decorrentes da erosão provocada pela movimentação daquela encosta. As áreas do bairro aparentemente mais críticas são as da Subida do Guerreiro e a Rua 4.


 Na Sapinhatuba I foram feitas 116 interdições e 78 demolições em 2010. Já Neste ano, até o momento foram 12 interdições e sete demolições. A previsão é de que mais cerca de 60 casas sejam retiradas.  


 – Estamos estudando os melhores locais para posicionarmos o equipamento. Assim que o projeto ficar pronto, vamos apresentá-lo para os governos federal e estadual, e também para a Eletronuclear – explicou Marco Aurélio Vargas, sobre a possibilidade de que outras esferas contribuam para a viabilização da implantação do sistema. A Eletronuclear foi citada já que a rodovia Rio-Santos é vital para a área de segurança nuclear. – Nossa intenção é implantá-lo imediatamente – afirmou o secretário, que adiantou que o mapeamento do município, que é fundamental para o trabalho de monitoramento como um todo, deverá ficar pronto em agosto. O mapeamento vem sendo feito pela Coppe.       


Também participaram da visita o gerente de Engenharia da Defesa Civil, Gilberto Nóbrega, e o arquiteto da Secretaria do Meio Ambiente, Wally Paz.

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