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Vista aérea do Parque Mambucaba
Crédito: luis fernando lara
A Prefeitura de Angra recebe nesta quarta-feira, dia 22, representantes do Ibama e do Inea para a assinatura de um Termo de Compromisso que tem como objetivo minimizar o problema dos alagamentos da região do Parque Mambucaba. O documento deverá conter algumas medidas emergenciais.
– Tratam-se de algumas preliminares, para evitarmos que pequenas chuvas provoquem inundações no local. Com esse termo nós também vamos acelerar alguns processos – explicou o secretário de Meio Ambiente, Marco Aurélio Vargas.
O secretário afirmou que uma dessas medidas que será prontamente realizada é o desassoreamento do rio Mambucaba e a abertura de um canal em sua foz. Além disso, Marco Aurélio espera que o termo contribua para acelerar os estudos dos impactos ambientais relacionados às obras. O Relatório de Impacto Ambiental (Rima) é fundamental para a realização das obras e recomposição da mata ciliar. O desmatamento e as construções irregulares são alguns dos fatores que contribuem para os alagamentos no local.
– O executivo municipal está convicto de que se houver a participação do governo do estado, através do Inea, e do governo federal, através do Ibama, junto com a prefeitura, será excelente para o município. O termo é a oportunidade de concretizarmos a parceria – avaliou o secretário.
A data para a assinatura do Termo de Compromisso foi marcada durante a audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Angra dos Reis nesta quinta-feira, dia 16, para discutir os alagamentos e enchentes em diversas localidades do Parque Mambucaba. A audiência foi realizada no bairro, com a presença dos moradores, vereadores, representantes de órgãos ambientais e de Marco Aurélio, representando a Prefeitura de Angra.
O bairro é cercado por dois rios (o Mambucaba e o Perequê), ambos assoreados e prejudicados pelo crescimento demográfico na região. Quando há chuvas fortes, combinadas com aumento no nível das marés, uma grande parte da região é alagada, atingindo centenas de imóveis.
O secretário fez longa exposição sobre os problemas do Parque Mambucaba e apresentou um estudo propondo intervenções na foz do rio Mambucaba para enfrentar os alagamentos. As saídas, ele disse, são demoradas e dependerão dos estudos.
– A audiência foi muito importante para o povo saber que as instituições estão presentes e estão preocupadas com a situação. E que elas também estão agindo, mas que esse tipo de problema, que se arrasta há anos, não é resolvido em um piscar de olhos – disse Marco Aurélio.