Realizado nos dias 22, 23 e 24 de julho, na Praia do Bananal, o Festival da Cultura Japonesa na Ilha Grande mais uma vez superou as expectativas dos organizadores e participantes, com apresentações especiais, público empolgado e um clima familiar que só o evento em questão consegue criar.
Organizado pela Associação de Pousadas da Enseada do Bananal (Apeb) e pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, através da TurisAngra, o festival recebeu quase quatro mil pessoas durante o fim de semana em que foi realizado, mostrando que a chuva que insistiu em cair durante os dois primeiros dias e o frio não atrapalharam em nada o evento.
No primeiro dia de festa se apresentaram a Cia. Ópera na Mala – com a peça “A lenda do Tanabata” –, o Tamagusuku Ryu Teda no Kai – dança tradicional –, o músico Camilo Carrara – com o show “Canção do Sol Nascente”, defendido por um quarteto – e a cantora Paula Souto, que fechou a noite levando música brasileira de qualidade ao público, acompanhada de uma competente banda.
No segundo dia, quando aconteceu a abertura oficial da festa, além de representantes importantes da comunidade japonesa na Ilha Grande, quem também participou da cerimônia foi o presidente da TurisAngra, Daniel Santiago, em que falou ao público sobre o evento. “Na TurisAngra, costumamos dizer que este é o evento que a gente se empenha de forma especial. A prefeitura de Angra continuará dando todo o apoio para que o festival continue cada vez maior”, declarou o presidente da Fundação Municipal de Turismo.
Depois, várias atrações de peso, começando pela música mágica do grupo Mawaca, passando pelos instrumentos tradicionais apresentados pelo Ryukyu Koku Matsuri Daiko – taiko e shishimai –, pelas apresentações de artes marciais do Karatê Kadena e Shinshukan Kobudô e pelo teatro do Cia. Ópera na Mala, com a peça “O Buda e a baleia”. Mais uma vez, a noite foi encerrada com música: primeiro o grupo Tontonmi, que mostrou canções japonesas de uma forma mais contemporânea; depois a cantora Paula Souto, mais uma vez, oferecendo um pouco do rico cancioneiro brasileiro aos participantes da festa.
No terceiro e último dia do evento, quando o sol voltou a brilhar, mais shows de qualidade. Para quem não ficou apenas na praça de alimentação, famosa por seus deliciosos pratos, ou circulando pelos stands de oficinas e exposições, o domingo reservou grandes performances. Música – Koto, Shanshin e Shakuhachi Associação Miyagui –, teatro – Cia Ópera na Mala, “A lenda do Tanabata” – e dança tradicional – Tamagusuku Ryu Teda no Kai – deixaram uma ótima impressão naqueles que passaram pelo Bananal, e o final não poderia ser melhor: Japão e Brasil “deram as mãos” com os shows do grupo Tontonmi e do Zangareio, este último, uma verdadeira instituição angrense da boa música brasileira.
Foi um festival não apenas para japoneses, descendentes ou turistas; nem para angrenses e brasileiros, exclusivamente. Foi uma festa para pessoas de bom gosto, independente da origem. Que venha a quinta edição, em 2012.