Com a proximidade das chuvas de verão, cresce a preocupação com as obras de contenção das encostas de diversos morros de Angra dos Reis, que estão em ritmo lento. Esse é o caso nos bairros do Bonfim, Morro da Carioca, Morro do Carmo e Morro da Glória II. A situação está bastante complicada no Morro da Carioca, onde o muro que deveria proteger a comunidade de futuros deslizamentos de terra se arrasta a passos de tartaruga. A obra tinha previsão para ser entregue no próximo mês de setembro, mas devido à falta dos repasses de verba do governo federal, dificilmente deverá ser concluída dentro do prazo. Por causa de detalhes burocráticos, o repasse do governo federal ao estadual para pagamento das empresas responsáveis pelas obras de contenção da cidade acabaram atrasando em quase seis meses, e as ações que visavam proteger o município das chuvas passaram a ser realizadas em ritmo bastante lento.
Com um atraso notório e perspectivas nada positivas quanto à finalização das obras – as ações deveriam ser concluídas em agosto, mas nem 50% do trabalho foi feito –, restou ao governo municipal, na figura de seu líder, tomar as providências necessárias.
Na última quinta-feira, 4 de agosto, o prefeito de Angra dos Reis, Tuca Jordão, viajou até Brasília para pedir ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, uma posição quanto ao repasse dos R$ 30 milhões relativos às obras de contenção da cidade, que ainda não foram transferidos ao governo do estado, responsável pelo pagamento das empresas que estão efetuando as obras.
Ao conversar diretamente com o ministro sobre o assunto, Tuca Jordão recebeu a garantia de que, se tudo correr bem, a verba será depositada em no máximo 30 dias, possibilitando que a Secretaria de Obras do Estado – contratante das empresas – faça os pagamentos aos responsáveis pelas ações de contenção.
Tuca Jordão falou da importância da primeira reunião em Brasília. “Minha ida a Brasília, para conversar com o ministro Fernando Bezerra, foi motivada principalmente por essa questão, pois as empresas estavam quase parando de trabalhar por causa da falta de recursos para dar continuidade às ações”, explicou o prefeito.
Novidades sobre o entreposto pesqueiro
O segundo encontro de Tuca Jordão foi com o ministro da Pesca, Luiz Sérgio, para conversar sobre o entreposto pesqueiro. “Mostrei a ele o projeto do entreposto, e informei ao ministro que nós já adquirimos a área e que eu já estou desenvolvendo pessoalmente o projeto, que contará com um posto de diesel, dois salões para receber o pescado e também encaminhá-lo, via caminhão, para fora do município”, informou o prefeito, antes de continuar. “Tanto o diesel quanto a fábrica de gelo terão seus preços subsidiados para a Associação de Pesca de Angra dos Reis, e, com isso, quem ganha é a cidade, pois estaremos tirando a pesca do Centro Histórico de Angra e colocando-a à margem da Rio-Santos, para escoar a produção de pesca com mais rapidez sem entrar na cidade. É um ganho real, e o sonho de toda a pesca”.
Tuca Jordão pediu apoio a Luiz Sérgio quanto ao entreposto pesqueiro. “Sugeri uma parceria com o ministro e já encaminhei um ofício a ele, que informou quanto à possibilidade de conseguir uma lancha do Ministério da Pesca para a futura Secretaria de Pesca de Angra dos Reis, que está sendo recriada”, declarou o prefeito.
O novo entreposto pesqueiro será construído perto da Rio-Santos, numa área entre o Pontal e o Marbella. Além da fábrica de gelo e do local escolhido estrategicamente para favorecer a atividade, outra das vantagens que o entreposto vai proporcionar aos pescadores é a modernização do maquinário da classe.