A Prefeitura de Angra realizou nesta sexta-feira, dia 26, a primeira Feira de Artes e Artesanato de Angra dos Reis. As tendas foram montadas na Praça Zumbi dos Palmares e parte do material ficou exposto na Casa Larangeira. A feira foi organizada por meio de uma parceria entre a Secretaria de Atividades Econômicas e a Cultuar, e reuniu várias associações de artesãos de Angra, que expuseram e venderam seus artigos durante toda a manhã e toda tarde.
O evento contou com oficinas de artesanato, dança e jongo. O Sebrae, em parceria com a prefeitura, ofereceu duas palestras sobre artesanato: uma sobre formação de preços (precificação) e outra sobre design.
– As palestras ajudam na qualificação de nossos artesãos. A precificação é primordial, pois ajuda o artesão a ter uma noção do que vale a pena ou não fazer – afirmou Vera Lúcia Nascimento, presidente da Arte dos Reis, uma das associações participantes. Ela explicou: – Não é só multiplicar o gasto com material por três, como alguns acham. Há trabalhos em que você gasta pouco com material, mas que exigem muito tempo para a confecção, e o tempo também é caro. Esses trabalhos podem não valer a pena.
O público pôde conferir e comprar quadros com pinturas de óleo sobre tela, bolsas, enfeites, chaveiros, toalhas e demais acessórios, além de doces e licores artesanais. Escolas como o Centro Educacional Inácio Medeiros (Ceim) levaram seus alunos para conhecer os trabalhos.
A abertura da feira foi realizada na Casa Larangeira e contou com a presença da primeira-dama Alessandra Jordão, do vice-prefeito Essiomar Gomes, do presidente da Cultuar, Paulo Mattos, do secretário de Atividades Econômicas, Jorge Irineu da Costa, da curadora do evento, Eliana Santos, e da representante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, Glória Magalhães, que faz parte da Superintendência de Projetos Especiais e atua em programas ligados ao desenvolvimento do artesanato no estado. Todos destacaram a importância do artesanato para o turismo, cultura e economia do município.
– Através do artesanato o povo de uma cidade mostra como pensa culturalmente – disse Paulo Mattos.
No mesmo sentido, afirmou o vice-prefeito: – O artesão conta a história do nosso município, conta a história da nossa cidade, ajuda a vender o nome dela junto com o turismo.
– O artesanato não se limita apenas a um produto a ser comercializado – lembrou o secretário Jorge Irineu, que destacou, além dos fins culturais, econômicos e turísticos, a finalidade terapêutica que o artesanato possui para muitos que o praticam. O secretário afirmou que essa primeira feira vai abrir espaço para outras ainda maiores e que ficarão expostas por mais tempo. Está prevista outra para ainda este ano. Alessandra Jordão fez uma sugestão:
– Peço a vocês que se organizem e confeccionem materiais para o natal, para que possamos fazer uma exposição ainda este ano e vender nossos produtos – pediu a primeira-dama, que destacou o desenvolvimento do artesanato no município com o apoio do poder público.