Cultuar vai criar o Arquivo Público de Angra

Proposta foi apresentada durante o I Encontro Regional de Arquivos, no Rio de Janeiro

Quinta-Feira, 13/10/2011 | .

A Fundação Cultural de Angra (Cultuar) está trabalhando,  em diferentes frentes,   desde  maio, para viabilizar a criação de um arquivo público para a cidade, um instrumento indispensável  para  salvaguardar todo o acervo documental angrense e da Costa Verde, para que o espaço se torne  referência  de preservação da história sul- fluminense.
 Um  importante passo foi dado no dia 4 de outubro,   para a consolidação da ação, durante o I Encontro Estadual de Arquivos,  na sede do  Arquivo Nacional, no Centro do Rio de Janeiro, quando a fundação apresentou o  projeto de criação do Arquivo Público de Angra.
  A necessidade da criação do espaço foi divulgada pela primeira vez pela Cultuar durante a  9ª Semana de Museus , realizada no Museu de Arte Sacra de Angra. “Convidamos  na ocasião o  professor Paulo Knauss, diretor-geral do Arquivo  Público do Rio de Janeiro, para ser um dos palestrantes,  e sua presença no município foi fundamental para fecharmos  diversos acertos sobre a questão. Solicitei apoio dele para criarmos nosso arquivo municipal e ele imediatamente concordou.  Conversei também  com o presidente da Câmara, José Antônio,  sobre a possibilidade de implantar o arquivo no prédio histórico da Câmara Municipal, já que o Legislativo já tem um projeto para a construção de uma nova sede e o prédio logo estará disponível, e ele também gostou da ideia. Agora vamos nos ater à criação do projeto de lei e aos trabalhos de campo,  porque Angra precisa  precisa urgentemente desse espaço para guardar seus documentos , sua história”, explica o presidente da Cultuar, Paulo Mattos.
 O projeto foi apresentado no Rio de Janeiro pela representante da Cultuar, Martha Myrrha, que proferiu uma palestra mostrando todos os trabalhos desenvolvidos pela fundação para a criação do arquivo público, na mesa  que tinha como tema  “ Arquivos  Municipais”. Martha expôs uma breve análise histórica contemporânea, cronologicamente pautada pelos investimentos aplicados na cidade e pelas transformações sofridas e visíveis no território angrense, com a intenção de  demonstrar como elas afetaram a paisagem urbana e natural da cidade e os modos de vida da população local.
 Paulo Mattos e Martha lembram que a conjuntura política e financeira atual é totalmente favorável à criação do arquivo, já que Angra é uma das cidades que aderiram ao Sistema Nacional de Cultura: tem uma fundação e um conselho municipal de cultura em funcionamento, um fundo municipal aprovado, faltando apenas a regulamentação do mesmo. “Outra iniciativa que colabora com o projeto da criação do arquivo é o Inventário de Bens Imóveis Históricos do Município de Angra, que vem sendo realizado há dois anos, por um acordo de cooperação técnica com a Escola de Arquitetura e Ubanismo da UFF, que produziu um pré-projeto de arquitetura para a instalação de um arquivo municipal no prédio da Câmara Municipal”, explica Martha.
 As propostas do I Encontro Estadual de Arquivos  serão apresentadas durante a Conferência (Sudeste), que será realizada em Belo Horizonte, nos dias 20 e 21 de outubro.  As deliberações da conferência sudeste serão  discutidas na conferência nacional nos dias 15 e 17 de dezembro, em Brasília.

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