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Equipe brasileira de vela, que tem o angrense como integrante, supera os americanos na última regata
Crédito: arquivo pessoal
O angrense Daniel Santiago, presidente da Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), que havia conquistado medalha de ouro no Pan 2007, no Rio, voltou a colocá-la no peito. Desta vez, no Pan-americano do México, juntamente com os velejadores Maurício Oliveira, Alexandre da Silva e Guilherme Hamelmann, que formam o quarteto da equipe brasileira de vela na disputa da Classe J24. Após 11 regatas disputadas no mar de Puerto Vallarta, cidade mexicana onde foram disputadas as provas de vela, os brasileiros conquistaram o primeiro lugar na pontuação geral e superaram os americanos, John Arthur Mollicone, George Paul Abdulah, Geoffrey Dylan Becker e Daniel Rabin, que alternavam com os brasileiros a primeira colocação desde os primeiros dias de provas.
Na regata final, a Medal Race (prova da medalha, valendo o dobro de pontos), ocorrida neste domingo, 23, à tarde, Daniel Santiago e sua equipe chegaram na 3ª colocação, com os velejadores dos Estados Unidos ficando em 5º lugar. Essa classificação foi suficiente para os brasileiros ganharem o ouro. Os americanos eram os únicos que poderiam ameaçar a medalha brasileira. A regata do dia foi vencida pela equipe do Chile. Largando em quarto lugar, os brasileiros precisavam chegar duas posições à frente da equipe americana. Logo no início, os velejadores do Brasil conseguiram ultrapassar seus principais rivais na disputa pelo título, deixando os Estados Unidos na quinta colocação.
No final da prova, o quarteto brasileiro finalmente conseguiu superar a equipe argentina, abrindo a vantagem necessária para a conquista da medalha de ouro. Daniel Santiago confessou que a estratégia de mexer na regulagem do mastro às véspera da regata final acabou dando certo, apesar de a equipe ter tido a consciência de que essa manobra era arriscada demais. "Mexemos na regulagem do mastro com a intenção de melhorar a velocidade em relação aos americanos e funcionou. Fomos ousados, mas na altura daquela disputa acirrada com a equipe americana, tivemos que arriscar. Era tudo ou nada e acabou dando certo. O ouro é nosso. O ouro é do Brasil", relevou o angrense. Para ele, a regata foi carregada de emoção. "Foi a regata mais emocionante da minha vida. Era difícil e não bastava ganhar dos americanos, mesmo assim conseguimos", disse Daniel.