Prefeitura combate a dengue também com armadilhas

A intensificação do trabalho da Prefeitura de Angra para prevenir e combater a dengue conta com um aliado importante: o cidadão. Agentes de combate a endemias e de controle de vetores colocaram armadilhas para o mosquito da dengue nas residências de Monsuaba e tiveram a colaboração de vários moradores do bairro. Em parte dos imóveis elas foram lavadas e trocadas por novas.

A ação, feita na sexta-feira, dia 18, segue uma metodologia reconhecida internacionalmente, que consiste na instalação de ovitrampas (armadilhas) para que a fêmea do Aedes aegypti ponha os ovos, depois retirados pelos funcionários da Fundação de Saúde de Angra dos Reis (Fusar). “Colocamos 60 ovitrampas, sendo duas por imóvel”, disse a Supervisora de Entomologia da Fusar, Roberta Coelho. Cerca de 300 ovos, em média, são encontrados em cada armadilha, que fica sete dias na casa do morador para depois ser recolhida pela equipe da Direção de Vigilância Ambiental.

A escolha dos bairros onde são instaladas as armadilhas segue um critério técnico e estatístico: é feita de acordo com os resultados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação (LIRAa). “Com isso, podemos monitorar a movimentação do mosquito transmissor da dengue pela cidade e combater a doença de modo eficiente”, afirma a supervisora.

Outra vantagem na guerra contra a doença é a proximidade do funcionário da Fusar com o bairro: geralmente, vários deles trabalham nas vizinhanças de onde moram, o que facilita o trabalho e estreita ainda mais a relação da Prefeitura com o cidadão. Sebastião de Paula é agente de combate a endemias e morador de Monsuaba há 16 anos. A sexta-feira foi mais um dia de trabalho para ele, que, juntamente com colegas da Fusar, instalam cerca de 30 ovitrampas por dia nos bairros de Angra dos Reis.