1º Encontro Empresarial do Setor Náutico

Rodada de negócios gerou oportunidades para
fornecedores e empresas da indústria náutica

Terça-Feira, 22/11/2011 | .

A Marina Verolme, em Jacuecanga, Angra dos Reis, sediou na segunda e terça-feira, dias 21 e 22, o 1º Encontro Empresarial do Setor Náutico Fluminense. O evento serviu para debater temas importantes para o setor e possibilitar boas oportunidades de negócios entre fornecedores, estaleiros e empresas construtoras de barcos. Angra dos Reis foi escolhida para o encontro por ser uma referência nacional no setor. Diferente da indústria naval, responsável pela construção de navios, a indústria náutica se encarrega da fabricação de embarcações de esporte e lazer, como lanchas, iates, veleiros e pequenas embarcações. A prefeitura participou do encontro através da Secretaria de Atividades Econômicas e da TurisAngra.

    – A náutica é importante para Angra e toda a Costa Verde, pois temos vocação para o setor. É uma indústria que está em desenvolvimento, tem muito potencial e por isso temos que dar uma atenção especial para ela – afirmou o secretário interino de Atividades Econômicas do município, Aurélio Moura.

    O 1º Encontro Empresarial do Setor Náutico Fluminense contou com o apoio da Prefeitura de Angra e foi organizado pelo Fórum Náutico Fluminense, Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), Sindicato das Empresas de Marinas (Semar) e Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). O encontro teve também a participação de representantes do governo do estado, da Prefeitura de Paraty e do setor náutico de outros estados.

    No primeiro dia do encontro, os participantes debateram temas importantes do segmento. Na primeira palestra, “Mais barcos, mais empregos”, Eduardo Colunna, presidente da Acobar, apresentou o potencial gerador de empregos do setor, com uma média de 7,4 empregos diretos e indiretos por cada embarcação produzida. Em seguida, Alexandre Gurgel, superintendente de Indústria Naval e Offshore da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do governo do estado, falou sobre o papel do “Fórum Náutico Fluminense no enfrentamento dos gargalos da indústria náutica do Estado do Rio”. A última palestra foi sobre o “Observatório Tecnológico Náutico – tendências e propostas de vigilância tecnológica”, com Glaudson Bastos, consultor da área de Desenvolvimento Industrial do Sebrae.

     No segundo dia foi realizada uma rodada de negócios, com o objetivo de aproximar empresários do setor, identificando e cadastrando potenciais fornecedores para estaleiros e fabricantes de barcos, lanchas e iates. Os fornecedores foram identificados de acordo com as demandas de produtos e serviços. Na lista, itens como biodegradador, carregador de baterias, churrasqueiras inox, sensores, compressores, e serviços como usinagem de eixos, serralheria em inox, capotaria, entre outros.

    De acordo com os representantes do Sebrae, no turismo brasileiro, o filão que mais tem potencial é o náutico, pela grande extensão costeira e de rios navegáveis que o país possui. Com o avanço do poder aquisitivo das classes B e C e o aumento do produto interno bruto (PIB) do Brasil, mais pessoas estão tendo acesso às embarcações e ao “mundo da náutica”. O setor é promissor e o mercado tem espaço para crescer. O número de barcos de esporte e lazer no país ainda é pequeno, na razão de um para cada 3.600 pessoas. Nos EUA, essa proporção é de um para cada 18 pessoas, enquanto na França e na Itália, um para cada 68.

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