Um vento estimado em 88 quilômetros por hora passou por Angra dos Reis na terça-feira, 19. A chuva que começou por volta das 16h30, veio acompanhada de um vendaval que deixou um rastro de desordem ao longo da Rodovia Mário Covas, entre o Camorim e Jacuecanga. Dezenas de árvores caíram e casas foram destelhadas. No espaço de uma semana, esta é a segunda vez que o município sofre com a ação de um vento desta proporção. Na terça-feira, 12, a chuva também causou estragos, especificamente no Centro da cidade e nos morros.
As equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros agiram rapidamente à chegada das solicitações aos seus plantões para sanar os problemas causados pela chuva, que teve um índice pluviométrico de 30mm. Eles cortaram as árvores que impediam o acesso pela rodovia dos veículos. Uma parte de uma mangueira caiu na altura da Lambicada e obstruiu a pista. O tráfego dos veículos ficou comprometido até a retirada do vegetal pelos agentes.
O Village e o BNH tiveram algumas casas destelhadas por causa do vento e uma árvore caiu sobre uma delas. Agentes da Defesa Civil distribuíram lonas plásticas para cobertura provisória de telhados danificados pelo vendaval. No Morro do Moreno uma árvore de grande porte caiu próxima à subestação da Ampla, e outras no Camorim e na Praia do Machado. A distribuidora de energia também teve muito trabalho. A Ampla teve que restabelecer a energia em Jacuecanga. Os moradores ficaram sem luz devido aos problemas causados pela chuva e o vento. Os trabalhos avançaram até a madrugada de quarta-feira, 20.
Vale lembrar que os vendavais, também chamados de ventos muito duros, correspondem ao número 10 na escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas velocidades variam entre 88,0 a 102,0 km/h. Os ventos com velocidades maiores recebem denominações específicas: 103,0 a 119,0 km/h ciclone extratropical; acima de 120,0 km/h ciclone tropical, furacão ou tufão.