As ruas do Centro de Angra mais uma vez serviram de palco para uma bonita demonstração de fé e reavivamento de tradições folclóricas, no último fim de semana, 21 a 23, com milhares de pessoas participando ativamente da Festa do Divino Espírito Santo, sob a coordenação da prefeitura, através da Fundação Cultural (Cultuar) e da Paróquia Nossa Senhora da Conceição.
Bandeirinhas vermelhas e brancas, banda de música, folias do Divino, dez dias de novenas e três dias de missas; uma grande procissão, diversas passeatas com as figuras folclóricas da burrinha, vaca malhada, bate-moleque, componentes das danças folclóricas características da festa (Coquinhos, Jardineiras, Lanceiros, Velhos e Marujos), e a figura do Menino Imperador , Caio Soares, imperaram por três dias na cidade, com muita música, cântigos religiosos, danças e simbolismos diversos.
A festa começou na sexta-feira, 21, às 6h, com uma bonita alvorada pelas ruas da cidade feita pela Banda Jardim Sarmento; café comunitário na casa do Menino Imperador, oferecido por seus pais, Manoel e Elena; chegada do Menino Imperador de barco, às 10h, no cais de Santa Luzia, com as presenças do vice-prefeito Essiomar Gomes , do presidente da Cultuar, Roberto Peixoto e do presidente da TurisAngra, Marcus Veníssius; passeata e libertação de um preso (representado pelo ator Bruno Marques); almoço para a população no convento do Carmo; missa de coroação do menino , na igreja Matriz ; e apresentação das danças da festa e do Experimental da Cultura Popular, no império montado na Praça Zumbi dos Palmares ( Mercado Municipal).e só terminou à meia noite de domingo com a tradicional queima do quadro Glória, que simboliza a paz entre os povos.
No sábado, 21, aconteceram missas com as criancas da catequese durante o dia. De noite, as danças folclóricas voltaram a alegrar o império, que ainda contou com uma belíssima apresentação do Coral da Cidade.
No domingo de manhã aconteceu a missa solene com corte de um grande bolo pelo Menino Imperador , distribuição de pães bentos e lembrancinhas do Divino, seguida de visita ao Asilo São Vicente de Paula. À noite, aconteceu mais uma missa na Matriz para a troca da coroa pelo chapéu do Menino Imperador, celebrada com grande beleza e informações pelo frei Fernando, comparando os atos do Menino Imperador durante a festa com os de Jesus Cristo, como a libertação do preso, distribuição de comida e visita ao velhinhos do asilo. Logo depois, todos seguiram para o palco da Praça Zumbi dos Palmares. Lá, um público formado por crianças e seus familiares aplaudiu as danças e deu adeus ao Menino Imperador. A Festa do Divino terminou à meia noite de domingo com a tradicional queima do quadro Glória simbolizando a paz entre os povos. Um novo menino escolhido entre a catequese retornará à cidade, como Imperador, para a próxima festa, sempre 50 dias após a Páscoa, como reza a tradição.