Você já viu fotos de Angra antiga com seus belos e imponentes casarões coloniais e ruas de pedra, da década de 20 a década de 50, intactos antes de serem destruídos para dar vez ao período desenvolvimentista? Elas podem ser observadas até o dia 20 de junho na Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis, na exposição “Angra Antiga”, do acervo fotográfico de Miguel Assad. A entrada é franca, de terça a domingo das 10h às 22h.
A exposição é composta de 30 importantes registros fotográficos, em preto e branco, de casarios do Centro da cidade, blocos de carnaval, diversos acontecimentos históricos, dentre eles, a visita de autoridades como a do presidente Getúlio Vargas à cidade; procissões e fotos do processo inicial de transformação da cidade, na década de 50. Inclusive uma delas ainda mostra a extinta Ilha do Barros, destruída durante a construção do Porto de Angra dos Reis.
Fotos de equipes de futebol dos clubes Vera Cruz e Comercial, os maiores da época; da Praia do Anil urbanizada e cheia de banhistas; a beleza das antigas procissões de São Benedito e Nossa Senhora da Conceição; mulheres lavando roupas no Chafariz da Bica da Carioca, o Chafariz da Saudade no local onde foi implantado pela primeira no Centro; o prédio do Cinema Araribóia na Rua do Comércio; a grandeza das procissões de São Benedito e Nossa Senhora da Conceição; e fotos da construção do Porto de Angra, retratando a extinta Ilha do Barros, que foi destruída para a construção do moinho, se destacam dentre os registros.
O angrense Miguel Assad é historiador e pesquisador fotográfico, membro titular do Ateneu Angrense de Letras e Artes e foi um dos fundadores da Associação Fotográfica e Cultura de Angra dos Reis (Afocar). Já publicou dois livros: em 2005, “Angra do passado” e em 2007, “Angra que o tempo levou”. Miguel foi agraciado por diversas vezes com medalhas de honra ao mérito por seus trabalhos.
Por isso e muito mais, vale a pena conferir sa exposição, que com certeza deixa saudades nos mais velhos e nos mostra o quanto é necessário preservar o que ainda restou do período colonial em nossa cidade.