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Todos os domingos, um novo movimento está sendo criado e dando nova vida à Rua do Comércio, em frente à Casa de Cultura Poeta Brasil dos Reis, com músicos, artesãos, artistas plásticos, contador de histórias, teatro e dança, ocupando o espaço e agradando a moradores e turistas.
É a Manhã de Domingo da Casa, que tem a proposta de multiplicar a arte, ocupando o espaço em frente à Casa de Cultura Brasil dos Reis. O projeto da prefeitura, através da Fundação Cultural de Angra (Cultuar), é coordenado por Bruno dos Anjos, criador do projeto e responsável atual pelo espaço cultural. O presidente da Cultuar, Roberto Peixoto, está só sorrisos. Ele acredita que o projeto vai deslanchar e crescer a cada domingo que passa.
_ Precisamos movimentar o Centro da cidade com nossos artistas, e este é pontapé inicial. O público está gostando muito e os artistas, também. Agora eles têm mais um espaço garantido para apresentar e comercializar seus trabalhos. Essa é a nossa proposta e nada melhor do que começar pela nossa Casa de Cultura – diz o presidente Roberto Peixoto.
Bruno dos Anjos idealizou o projeto ouvindo os artistas da cidade que querem expor na Casa de Cultura, “mas muitas vezes não conseguem vagas,já que a procura pelo espaço é grande”, explica ele. No interior da Casa de Cultura, está aberta até o dia 20 a exposição de fotografias de Miguel Assad, “Angra Antiga”.
No domingo, 13, o movimento foi intenso das 9h às 13h. Por lá passaram várias pessoas, e todas davam uma paradinha para apreciar os trabalhos. Os quadros do artista plástico Lúcio Roberto, morador do Camorim, chamavam a atenção na calçada da Rua do Comércio. Ele estava radiante porque todos estavam admirados com seu trabalho, que ele expõe pela primeira vez na cidade. Os obras do artista retratam o Rio Antigo, baseadas em belíssimas fotos. Ele não estava conseguindo agenda para expor dentro da Casa de Cultura, e gostou do resultado. “Está sendo uma experiência formidável ver meu trabalho sendo visto pelas pessoas e sendo aprovado. Mais espaços como esse devem ser criados para movimentar o Centro- acredita ele.
As artesãs A . Cássia e Cris Medeiros também estavam felizes com o movimento. Cris, com suas minibonecas de pano, já tinha recebido diversas encomendas. O Spa Sophia, uma livraria itinerante da cidade, também compareceu e vendeu diversos livros. Ana Maria Lima dos Reis, moradora da Ladeira São Bernardino de Sena, Centro, é uma das frequentadoras do espaço. Com a neta Maria Eduarda, ela folheou e comprou livros. “É muito bom sair aos domingos para fazer uma compra e se deparar com esta calçada cheia de cultura. Parei para comprar um livro sobre a história de jesus para minha neta, mas ela já escolheu outros. Que o Domingo na Casa tenha longa vida, é o que espero”- disse ela esperançosa.