Teatro medieval nas ilhas de Angra

Cia. De Teatro Medieval se apresentou para alunos das escolas municipais da Ilha Grande, Gipóia e Caieira

Segunda-Feira, 14/06/2010 | .


Em um projeto diferente e na contramão do sucesso popular, a Cia. de Teatro Medieval esteve em Angra dos Reis, de 7 a 11 de junho, para se apresentar em escolas municipais da Ilha Grande, Gipóia e Caieira, com o espetáculo  “O médico e o camponês e a princesa engasgada”. O projeto contou com o apoio da Prefeitura de Angra, através da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, que fez toda a logística e transporte, e da iniciativa privada, também,  através das pousadas Biscaia, Pier 7400, Sossego do Major, Pousada da Leste e do Catamarã, onde os atores se hospederam.

A peça foi apresentada no dia 7 de junho na E.M. Brigadeiro Nóbrega, na Praia do Abraão; em seguida na E.M. Gal. Silvestre Travassos  no dia 8, na Praia de Araçatiba; E.M. Pedro Soares, no dia 9, na Praia de Provetá; E.M. Alberto Torres, dia 10, na Ilha da Gipóia; e E.M. Tenente Jovino; dia 11, na Ilha da Caieira.

Em cada comunidade, segundo o elenco da peça, Márcia Frederico e Rogério Freitas, havia uma particularidade observada não apenas durante a apresentação do espetáculo, que conta com a participação do público, mas, principalmente, nas oficinas, que se iniciam na preparação dos atores com a maquiagem, que é feita diante da plateia.

“Nossa intenção com as oficinas é fomentar a integração da comunidade e sua cultura popular, através da tradição oral. Foi muito bacana conhecer as lendas de Angra, e, quem sabe podemos escrever um texto com elas”, falou Márcia.

Já o ator angrense, que estudou no antigo Grupo Escolar Lopes Trovão, Rogério de Freitas, contou que tudo o que eles viveram e conheceram, durante a semana, serão experiências que levarão para a vida toda.

Dentre as oficinas realizadas após a apresentação do espetáculo, ressalta-se a que mostra como o cenário medieval foi recriado, através de materiais simples, como sementes, bambus, palha, juta e até com um escorredor de macarrão, na coroa do rei, personagem do conto.

A Cia. de Teatro Medieval é carioca e dirigida pela atriz Márcia Frederico e formada, basicamente, pelo seu marido, que é diretor, técnico e operador de áudio e luz, Marcos Edom, e pela mãe, que é a responsável pelos figurinos e cenário, Heloísa Frederico. O ator Rogério Freitas, que participou da peça “Estranho casal” com o global Carmo Dalla Vecchia, na Fita de 2009, atua como ator convidado há cerca de 20 anos na companhia e, segundo Márcia, “já é praticamente da família”.

As apresentações nas escolas municipais de Angra fizeram parte do prêmio da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Míriam Muniz, a que a Cia. de Teatro Medieval concorreu e levou pela excelência do projeto, que é levar o teatro às comunidades quilombolas e de difícil acesso, como ilhas. Vale ressaltar que o município de Angra foi o primeiro que recebeu a peça, que, nos dias 28 a 39 de junho, estará em Cataguazes, Minas Gerais.
   
Ficha técnica

Marcia Frederico – Atriz / autora / produtora / oficineira
Prêmio Molière de melhor atriz
Prêmio Coca-Cola de autora

Rogério Freitas – Ator / oficineiro
Prêmio Mambembe de melhor ator

Marcos Edom – Diretor
Operador de luz e som

Heloisa Frederico – Cenário / figurino / adereços / oficineira
Prêmio Shell de figurino
Técnica de montagem e manutenção

Companhia de Teatro Medieval - Realização

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