Angra sediou fórum sobre maricultura

O auditório do Centro de Estudos Ambientais (CEA), em Angra, foi sede do Fórum de produção e distribuição de sementes de moluscos e alevinos na maricultura, no dia 22. O encontro, segundo o gerente de Maricultura de Angra, André Araújo, foi para “debater as condições de fornecimento de sementes (“filhotes”) de moluscos na região da Costa Verde”. A discussão foi estruturada através de palestras, de 9h às 16h e foi uma realização da Prefeitura de Angra e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O fórum reuniu especialistas do Sebrae, Ministério da Pesca e Aquicultura, Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Instituto de Ecodesenvolvimento da Baía da Ilha Grande (Iedbig), Ministério da Agricultura, Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e maricultores de Angra dos Reis e Paraty.

A primeira palestra foi sobre a viabilidade técnica e econômica para a manutenção de laboratórios e a obtenção de sementes para o maricultor, feita por Renan Silva, do Iedbig. Ele apresentou todas as etapas de produção das sementes, desde a maturação até a finalização da produção, para fundamentar as informações sobre os custos de manutenção de um laboratório.

A produção de sementes de ostras e de outros moluscos para atender aos maricultores, em nível nacional, foi o assunto apresentado pelo gerente do laboratório de moluscos da Universidade Federal de Santa Catarina, Cláudio Blacher. Ele também falou sobre a viabilidade de manutenção dos laboratórios: “vejo com muita preocupação a questão da sustentabilidade”.

Em Santa Catarina, segundo o pesquisador, existem cerca de 80 produtores, sendo a maioria de propriedades familiares. No estado a produção de moluscos foi de 1.709 toneladas no ano de 2009.

Encerrando as apresentações na parte da manhã, o superintendente regional da Baía de Ilha Grande, Júlio Avelar, do Inea, debateu as perspectivas da produção sustentável de sementes de mexilhão.