Festa do Peixe: sucesso de público e organização

Última noite do evento foi a de maior público. Local recebeu 21 mil visitas durante os 4 dias

Segunda-Feira, 20/12/2010 | .

Terminou nesse domingo, dia 19, a Festa do Peixe. O evento, organizado pela Prefeitura de Angra dos Reis, através de sua Secretaria de Atividades Econômicas, reuniu gastronomia, música, artesanato e exposições sobre maricultura e sobre a vida dos pescadores e seu dia a dia. A Festa do Peixe foi considerada um sucesso de público e de organização. A praça Zumbi dos Palmares, no Centro de Angra, recebeu 21 mil visitas durante os quatro dias em que o evento foi realizado (de 16 a 19), e as pessoas puderam degustar os melhores sabores de peixes e frutos do mar da região, e desfrutar de muitos momentos de lazer. Depois de alguns anos sem ser realizada, a Festa do Peixe agora tem tudo para entrar definitivamente no calendário dos grandes eventos da região. A festa movimentou bastante a cidade, principalmente no fim de semana.


 Na praça Zumbi dos Palmares, a estrutura cenográfica montada para o evento imitava o Mercado Municipal de Peixes, abrigando alguns dos melhores restaurantes de Angra, que serviram o melhor dos frutos do mar. Quiosques foram montados para o funcionamento dos restaurantes e também da Associação de Pescadores de Angra dos Reis (Apescar).


 Durante os dias de evento, o grande movimento não se restringiu à praça, mas se espalhou por toda a cidade. Turistas e angrenses passeavam com a família por vários lugares. Os shoppings ficaram lotados, os bares, lanchonetes e restaurantes do cais Santa Luzia e do Centro, também ficaram cheios. Na Praça do Porto, onde a decoração de Natal é um espetáculo a parte, com direito a uma charmosa casinha de Papai Noel, havia muitas crianças sorrindo e se divertindo.


 – É uma satisfação muito grande ver a família presente no evento. Ver os pais com seus filhos, os casais trazendo suas crianças, pessoas de todas as idades fazendo daqui um grande espaço de lazer. E sem tumulto - comemorou o secretário de Atividades Econômicas, Alexandre Tabet, durante uma das noites na praça do evento.   


 Mais do que proporcionar lazer para o público, um dos objetivos da Festa do Peixe foi mostrar o desenvolvimento da economia da cidade nos setores pesqueiro e de artesanato. Angra dos Reis tem produzido até 2.220kg de tilápia por mês. De acordo com o secretário de Atividades Econômicas, Alexandre Tabet, presente nos quatro dias de festa, a secretaria vai possibilitar a comercialização do peixe toda semana no Mercado do Peixe. Outra produção de destaque é a de bijupirás. A criação, na praia de Jaconema, tem peixes de até 23kg. Bijupirás criados em cativeiro podiam ser vistos no aquário de 12m montado logo na entrada da festa.


 A noite de encerramento foi a mais cheia de todas, e a Festa do Peixe foi tomada pelo público jovem, que cantou e dançou muito com o grupo Só Lazer, que levou o melhor do pagode para a festa. Mas a noite era do chorinho, ritmo que predominou a maior parte do tempo. Primeiro, com o Henrique Cazes. Acompanhado de um violonista, um baixista e um percussionista, o cavaquinista apresentou seu projeto Beatles e Choro, interpretando em ritmo de choro canções clássicas imortalizadas por George Harrison, Paul McCartney, John Lennon e Ringo Starr. Henrique e seu grupo também traduziram para o chorinho músicas de ritmos internacionais, como o jazz, e, como não poderia faltar, tocaram músicas emblemáticas do choro brasileiro, como Brasileirinho. O Quarteto Panamá subiu no palco logo em seguida e deu continuidade à noite do choro, com músicas imortalizadas na cultura brasileira, como Carinhoso, dos mestres Pixinguinha e João de Barro. O grupo encerrou a noite e o festival, mas o público continuou na praça por um bom tempo, aproveitando o melhor da gastronomia.


 Juntamente com a Festa do Peixe, dentro da mesma estrutura, foi realizada a 1ª Angra Artes Manuais, que já desponta como a maior feira de capacitação da região no ramo do artesanato. Em três dias (de 16 a 18) o evento ofereceu 15 oficinas de artesanato e capacitou 773 pessoas. A Angra Artes Manuais foi realizada no andar superior da antiga Casa Laranjeiras e reuniu representantes de indústrias que fornecem insumos para artesanato, sediadas no Rio de Janeiro e em outros estados. Os alunos puderam aprender novas técnicas, utilizando novos produtos.


 Uma característica da Angra Artes Manuais foi a valorização do artesanato regional. Foram feitas demonstrações de técnicas utilizadas pelos artesãos do município no manuseio do osso da cabeça do peixe cavala, que se transforma na imagem de Nossa Senhora da Conceição, colocada em belíssimos oratórios. Também foi feita uma demonstração do manuseio da fibra de bananeira, outra arte marcante da região.


 Durante a tarde e a noite, na Festa do Peixe, foi montada uma pequena feirinha onde representantes da Associação dos Artesãos de Angra dos Reis vendiam seus produtos. Eram enfeites de diversos tipos, muitos deles natalinos, toalhas e bolsas, além de licores. A área de artesanato foi montada todos os dias da Festa do Peixe e as artesãs só iam embora no final da noite.


 A parte da exposição no 1º andar da Casa Laranjeira, despertou a atenção do público e foi bastante visitada. Havia belas fotos do dia a dia dos pescadores angrenses e da maricultura. Um presente para quem gosta de mar e belas paisagens. Projetos desenvolvidos para o setor e trabalhos em artesanato, como réplicas de embarcações, também podiam ser conferidas de perto. Mobilizadores ambientais da Secretaria de Meio Ambiente apresentavam o projeto da Unidade de Processamentos de Resíduos Verde (UPR Verde), já em funcionamento, e mostraram enfeites e utensílios feitos com materiais recicláveis. No mesmo local, dois grandes banners contavam um pouco da história de Isake de Castro, considerado o maior proeiro de angra, fundador da cooperativa Propescar e com passagem pela indústria pesqueira do município.



VASTO CARDÁPIO DE FRUTOS DO MAR
 No festival gastronômico que foi a Festa do Peixe, não faltaram os famosos “coquiles St. Jacques”, as vieiras cultivadas por maricultores nos mares da Costa Verde; o bijupirá, peixe de carne branca e macia, ainda pouco conhecido pelo paladar do grande público; comida japonesa e uma variedade enorme de petiscos. O público saiu satisfeito. Confira a lista dos pratos mais pedidos de acordo com os funcionários dos restaurantes:


SAMBURA: isca de peixe, paella, kibe de peixe.


CASA NOVA E NOVA CASA: lula e bolinho de bacalhau


BAR DO RONALDO: pastel de camarão e caldo de frutos do mar


SUSHI DOS REIS: sushi, sashimi e yaksoba


BAR DO LUIZ: risoto de frutos do mar, moqueca, isca de peixe e pastel de camarão


APESCAR: camarão ao alho e óleo


NINHO DOS PÁSSAROS: ceviche, isca de peixe, bolinho de tilápia


RECANTO DOS MAIAS: filé de sardinha


PRAIA SECRETA: espaguete de mexilhão


DELÍCIAS DA LURDINHA E FOGÃO DE MINAS: peixe frito e bolinho de aipim com camarão.

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