EJA Guarani forma 21 índios

Projeto premiado em Brasília formou sua segunda turma na segunda-feira, 21

Quarta-Feira, 22/12/2010 | .


A segunda turma do projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA) Guarani, que foi premiado com a medalha Paulo Freire, em Brasília, no final de novembro, se formou na segunda-feira, 21, em cerimônia realizada no Centro de Estudos Ambientais (CEA).

A turma, que foi iniciada em 2007, chegou ao final com 21 alunos da aldeia Tekoa Sapukai, localizada no Bracuí, em Angra dos Reis, e foi muito elogiada pela mesa formada do evento, com representações das parcerias que dão vida ao projeto, idealizado e realizado pela Prefeitura de Angra, através da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia.

A subsecretária de Educação, Neusa Fonseca, representou a secretária Luciane Rabha, e falou sobre a importância do projeto.

“Para nós, enquanto educadores e gestores, esse projeto nos honra e nos dá a sensação do dever cumprido. A educação é constante e transforma e estamos felizes porque estamos contribuindo na mudança de vida dessas pessoas”, falou ela.

Estava presente à mesa o coordenador do programa de estudos dos povos indígenas, o Pró Índio da Uerj, o professor José Ribamar Bessa Freira, que citou as parcerias. “Sem essa união o projeto não teria esse sucesso”, frisou, ele. Ainda, a representante do laboratório da Estudos da Imagem e do Olhar (Leio) da UFF, a professora Renata Castro; a professora Rosa Caloeiro, representando a Fundação Nacional do Índio; o professor Fabiano Avelino, que é o monitor do projeto; a representante da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Maria Goreth Pontes,  o professor Algemiro da Silva, que é da aldeia e se formou através do EJA, e hoje estuda na UFRRJ; e o cacique da aldeia, João da Silva.

A coordenadora e autora do projeto, a professora, Luiza Helena,  falou sobre a sua continuidade e sobre a parceria com a E.M. Nova Perequê.

“Estamos unindo esforços para a ampliação do EJA Guarani, que ainda é pequeno. Nossa intenção é levá-lo para as escolas guarani e aviso à vocês que o projeto vai mudar de formatação. Quero ainda agradecer à E.M. Nova Perequê, que cedeu suas dependências para o uso da biblioteca, sala de informática e ainda por nos permitir lá merendar”, falou ela.

Os presentes puderam ainda conferir a apresentação de um vídeo do projeto e conhecer de perto a atuação dos educadores na vida direta da aldeia, e uma homenagem ao professor Armando Barros, que faleceu durante a execução do projeto.
   
Objetivos da EJA Guarani

A EJA Guarani visa a oferecer formação no que equivale ao ensino fundamental para integrantes das aldeias guaranis de Itaxim, Araponga, Mamanguá e Rio Pequeno (Paraty) e Sapukai (Angra). A primeira turma (2004-2007) teve 15 formados.

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