Blocos de Angra fazem a festa

Sururu Formado, Assombrosos do Cruzeiro e Nega Maluca percorreram as ruas do Centro de Angra.

Sexta-Feira, 20/02/2009 | .

 

Três blocos desfilaram nessa quinta-feira, 19, marcando o segundo dia do pré-carnaval em Angra dos Reis. Milhares de pessoas acompanharam os blocos Sururu Formado, Assombrosos do Cruzeiro e Nega Maluca. A Prefeitura de Angra tem investido nos blocos do Centro e dos bairros da cidade, como forma de valorizar o carnaval de rua. Ao todo, são mais de 30 na cidade. Um dos principais investimentos deste Carnaval para Todos foi a passarela do samba, para o desfile dos blocos. A passarela tem capacidade para cinco mil pessoas.

O primeiro a sair foi o Sururu Formado, que se concentrou às 20h30 na Rua das Palmeiras. O bloco desfila em ritmo de axé e, seguindo o estilo micareta, reúne ‘chicleteiros‘ e fãs do carnaval baiano. A animação era grande e o bloco arrastou mais de 500 pessoas por onde passou. O Sururu Formado surgiu há pouco mais de sete anos, no Morro de Santo Antônio, fundado por Paulo Henrique Lara e seus amigos. O bloco já marcou presença na Procissão Marítima de Angra, com o nome de Sururu a Bordo. Aliás, a relação com a água não se restringe à procissão. “Todo carnaval em que a gente desfila, chove na nossa hora”, disse Paulo Henrique. Mas dessa vez o Sururu deu sorte e desfilou sem chuva.

Os Assombrosos do Cruzeiro, da Ladeira São Bernardino de Sena, concentrou-se na localidade às 21h. O bloco, formado há três anos por Luís Felipe Valente e sua família, toca os grandes sambas-enredo das escolas do Rio de Janeiro. O enredo deste ano foi o fundo do mar e todo o desfile foi baseado na temática submarina, com a ala das crianças vestida de peixinho e um boneco de monstro marinho medindo mais de três metros. Os Assombrosos levaram um carro alegórico com animais marinhos, que soltava bolas de sabão, reproduzindo o fundo do mar. O desfile reuniu mais de 500 pessoas e contou ainda com mestre-sala e porta-bandeira e a participação da bateria do bloco Paraty do Amanhã, cujos ritmistas desfilaram vestidos de caveira.

Os amantes das marchinhas e dos antigos carnavais se reuniram no desfile do bloco Nega Maluca, um dos mais tradicionais de Angra. O bloco existe há mais de 30 anos e originalmente chamava-se Bloco do São Bento, mudando seu nome para Nega Maluca na década de 80, por causa de um enredo criado por Alexandre Castilho, integrante do bloco. O Nega Maluca foi fundado por Eliana Souza Brás e seu marido, Pituca, e costuma atrair mais de 4 mil pessoas. Na noite de ontem, gente de todas as idades se divertiu ao som de marchinhas clássicas como “Jardineira” e “Sassaricando”. Caracterizados de nega maluca, com direito a peruca e tinta facial preta, os foliões mostraram muita animação. Ao final da passagem do bloco, que se concentrou às 22h na Praça do São Bento, a rua estava coberta de confetes. O bloco levou ainda dois bonecos, representando o nego e a nega maluca.

Secretarias relacionadas: