Carnaval com a Imprensa e Jorge Benjor

A abertura oficial do carnaval na noite de sexta-feira, 20, na Avenida Júlio Maria, com o desfile do Bloco da Imprensa inaugurando a Passarela do Samba e o suingue sem igual de Jorge Ben Jor, na Praia do Anil, não poderia ser melhor, dando uma amostra de como serão especiais os quatro dias do Carnaval para Todos organizado pela Prefeitura de Angra dos Reis.

O prefeito Tuca Jordão, mostrando-se um animado folião, a primeira-dama Alessandra Jordão, o vice-prefeito Essiomar Gomes e o presidente da TurisAngra, Marcus Veníssius, prestigiaram todos os eventos.

Hoje, 21, sábado, o carnaval continua mais animado do que nunca com matinê a partir das 16 horas e Baile da Cidade, 20 horas, na Praça Praça Zumbi dos Palmares (Largo do Mercado Municipal). Na Passarela do Samba, desfiles dos blocos ´Reizinho Mirim (18 horas saindo da Rua das Palmeiras), Caravelas (21 horas, saindo da Praça General Osório) e Ki Merda é Essa, (22 horas, com saída da Rua das Palmeiras). O Bloco do Marinas também vai desfilar na comunidade a partir das 21 horas. E fechando a primeira noite oficial do carnaval de Angra, na Praia do Anil, shows com as bandas Ponto A e Vitrine Tropical.

Nos bairros do continente e praias da Ilha Grande, o carnaval também vai pegar fogo durante todas as noites, com bandas e DJs fazendo a alegria de moradores e dos turistas que lotam a cidade.

Jorge Benjor cativa mais de 30 mil pessoas

O ceú estrelado deu um toque especial ao espetacular show de Jorge Benjor, que agitou a Praia do Anil fazendo mais de 30 mil pessoas “sambalancear”com antigos sucessos que nunca deixaram de ser atuais, como “País Tropical” e “Fio Maravilha”, além de músicas do seu mais recente trabalho. Na areia da praia, as moradoras de Jacuecanga, Regina Alves e Célia, mãe e filha , dançavam e cantarolavam juntas os sucessos que Célia, ainda criança, aprendeu com a mãe. “Nem acredito que conseguimos ver juntas um dos nossos artistas preferidos. Aprendi a gostar dele com minha mãe, que é fã de carteirinha – comentou na maior alegria. Antes da apresentação de Benjor, a Praia do Anil recebeu de braços abertos a banda Inspirasamba.

Bloco da Imprensa levou a alegria do circo para as ruas

Comemorando 15 anos de fundação, o Bloco da Imprensa, arrebatou mais uma vez milhares de foliões com o tema exaltando a importância do circo para nossos corações. Jornalistas e representantes de toda a imprensa da cidade brincaram e trabalharam na cobertura do bloco que tradicionalmente abre o carnaval da cidade. Segundo o atual presidente do bloco, o jornalista Beto Carmona, que também foi um dos principais fundadores da agremiação, a idéia de criar um bloco para a imprensa, nasceu na mesa de um bar, depois de um dia de trabalho, no antigo “Jornal Tribuna”. Beto hoje também é o presidente da Associação dos Blocos de Angra dos Reis (Abcar) que congrega  dezenas de 30 blocos da cidade.

-Eu e o saudoso jornalista Manoel, o “Nel” pensamos em criar o bloco que desfilasse na sexta-feira para que pudéssemos, todos da imprensa, ter um dia para brincar o carnaval, já que tínhamos que trabalhar durante os quatro dias. A idéia foi abraçada logo de início pelos jornalistas e hoje é o sucesso que vemos hoje aqui nas ruas. Fico muito feliz de ver toda a imprensa e a população brincando juntas no bloco que é de todos nós- afirma.

O Bloco da Imprensa veio com uma comissão de frente formada pelo ator Maycon Renan de palhaço perna de pau acompanhado pelas atrizes da cidade, Monique, Flaviane, Evelyn e Elaine, um minicarro alegórico com o palhaço Luciano fazendo malabares, o palhaço Picolé (Glauter Barros) encantando as crianças, diversos palhacinhos no calhambeque, o mágico Pepeu fazendo números rodeado pela garotada e cinco bonecos gigantes.

O bloco também contou com a participação da tradicional bateria da Fortaleza, que veio toda fantasiada de palhaço, e foi abrilhantado, como sempre, pelos passos brilhantes do grande mestre-sala Chidonga, acompanhado da porta-bandeira Bia, além de três pares de mestre-sala e porta-bandeira mirins, que fazem parte da Escolinha Municipal de mestre-sala e porta-bandeira, coordenada por Chidonga, através de parceria da Abcar com Prefeitura de Angra (TurisAngra). Destacaram-se também as rainhas do bloco, Ana Cláudia, Graciele Bombom e Jaqueline e os músicos Chiquinho da Fortaleza, Gilvan, Mica, Coração, Rodrigo, Fabiano e Dé.

No meilo da folia encontrava-se um dos mais antigos jornalistas da cidade, o Agenor Camacho, recém-operado do coração. Ele disse que fez questão de comparecer porque sempre amou duas profissões: a de jornalista e a de palhaço. Ele, para muitos que não sabem, foi também um dos palhaços da cidade, o palhaço Necessidade. Durante o desfile, os integrantes do bloco distribuiram bolas de gás, algodão doce, pipoca e narizinhos de palhaço.

Blocos Homo Heyn e Galera do Rock animaram as ruas com seus tradicionais foliões

A folia do Bloco Homo Heyn, mais conhecido como o Bloco do Jamaica, começou ao ritmo de olodum com concentração na Praça General Osório, às 20h. O bloco, que foi criado há 18 anos pelo percussionista Jamaica das Luas para representar a força da cultura negra, percorreu as principais ruas do Centro, e a cada esquina que passava arrebatava foliões.

Com as cores verde representando a esperança, vermelho do sangue derramado, amarelo do ouro explorado e preto da beleza negra, o bloco saiu às ruas com 30 ritmistas homenageando Mãe Ana de Oxum, que se destacava na comissão de frente com integrantes de seu centro espírita, e uma faixa desejando axé para toda a nação de Candomblé Ketu. O Homo Heyn teve como  intérpretes Roseli e Fabrício iniciando o desfile cantando o hino da África.

O tradicional Bloco Galera do Rock saiu da Praia do Anil depois das 22h em direção ao Centro promovendo uma animada micareta. Com um grande carro de som e predominância de músicas baianas, o bloco, que tem como presidente João Carlos Seixas (Caio), foi criado há 22 anos, por músicos de bandas de rock da cidade. Caio explica que o bloco nasceu logo depois que os bailes de carnaval dos clubes foram desaprecendo e um grupo de amigos que sempre “pulava o carnaval” no Aquidabã sentiu necessidade de procurar outras formas de brincar os quatro dias de folia, e a brincadeira continua até os dias de hoje.