Campanha para diagnóstico da hepatite C

Iniciativa da prefeitura, através da Fusar, mobiliza o Centro com a realização de 1.200 testes

Quarta-Feira, 27/05/2009 | .

A prefeitura de Angra, através da Fusar, realizou na quarta-feira, 27, uma  campanha educativa para diagnóstico da hepatite C. A ação na Praça Codrato de Vilhena (Praça do Papão), local onde a campanha aconteceu, movimentou o centro da cidade e chamou a atenção de curiosos, que acabavam parando e fazendo teste rápido da doença. Em cerca de 20 minutos, o resultado  era imediato, com 98% de probabilidade de o resultado estar certo.  Caso o diagnóstico fosse positivo, o indivíduo era encaminhado para a unidade de saúde mais próxima de sua residência.

A iniciativa da prefeitura foi realizar, a princípio, ações de conscientização, através de um inquérito sorológico ocupacional, que foi uma pesquisa de indivíduos que têm ocupação ou profissão de risco de contaminação. Profissionais da área da saúde, principalmente dentistas,   enfermeiros e auxiliares, técnicos laboratoriais; da área da beleza: manicures, pedicures, podólogos, barbeiros; da área da limpeza: coletores de lixo; bombeiros; policiais e tatuadores, segundo a responsável pela campanha, Jussara Albuquerque, foram visitados pelos fiscais da Vigilância Sanitária para encaminhamento às unidades de saúde e lá efetuarem o teste. Como apenas os cadastrados foram visitados, o interesse de que a campanha fosse estendida à população informal, fez com que as ações se transformassem em uma campanha de rua de cunho educacional, também.

Cerca de 1.200 testes foram realizados durante o dia, desde as 9h até às 17h. De acordo com a Superintendência de Vigilância Sanitária, as pessoas não têm conhecimento da forma de transmissão e por isso há a necessidade de informar à população que 90% dos casos de hepatite C, no Brasil, foram transmitidos por sangue contaminado. Como a doença é silenciosa, de 25 a 30% dos infectados só manifestam os sintomas até 20 anos após a contaminação.

– Estamos alertando também aos que receberam transfusão de sangue até 1994, quando a doença ainda era desconhecida e não havia trato nos bancos de sangue, quanto ao vírus. Que todos façam o teste, pois a sua rápida identificação e o tratamento correto levam à cura – explicou Jussara.

É importante ressaltar que a Fusar dará suporte aos infectados nos núcleos de epidemiologia, que agora estão trabalhando de forma descentralizada na Japuíba, Jacuecanga, Parque Mambucaba e Centro. E que a campanha vai continuar com as ações dos fiscais da Vigilância Sanitária em inspeções a estabelecimentos com ocupações de risco e encaminhamento aos módulos de ESFs para a realização dos testes.

A hepatite C, doença caracterizada por uma inflamação no fígado, atinge hoje mais de 3 milhões de pessoas no Brasil, cerca de 2 % da população. Considerada uma questão de saúde pública, esta forma de hepatite é causada pelo vírus HCV e infecta até cinco vezes mais que a Aids.

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