2º Seminário Interno do Plano de Emergência

Prefeitura realiza seminário para explanação do plano para prefeito, secretariado e vereadores

Terça-Feira, 23/06/2009 | .

A Prefeitura de Angra, através da Secretaria de Governo e Defesa Civil, promoveu na segunda-feira, 22, o 2º Seminário Interno do Plano de Emergência Externo (PEE), no Centro de Estudos Ambientais (CEA), das 9h às 14h. O evento teve por objetivo apresentar as ações e medidas tomadas pelo governo municipal, estadual e federal relacionadas ao Plano de Emergência, Local, Municipal e Externo.

O encontro reuniu o prefeito Tuca Jordão, o vice-prefeito Essiomar Gomes, representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Eletronuclear e Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron).  Além do secretariado, também presente no seminário, os vereadores Aguilar, José Antônio, Jorge Eduardo, Manoel Parente, Antônio Cordeiro, Ilson Peixoto e representantes, da presidente da Câmara, Vilma dos Santos, e do vereador José Maria Justino, marcaram presença no evento. Os subprefeitos Silas Gonçalves, da região Sul, e Moisés Nunes de Alencar, da região Norte, estiveram presentes e o subprefeito Ricardo Dutra, da Região Central, enviou um representante para o importante encontro.

O prefeito Tuca Jordão deu as boas-vindas aos convidados do seminário e falou da importância do esclarecimento sobre o funcionamento do plano de emergência para a população. 

– Ao longo desses cinco meses e meio, passamos por algumas turbulências em nossa gestão, relacionadas às usinas e à implantação de Angra 3. Depois de uma longa negociação, aceitamos as contrapartidas, nossas por direito, para a cessão da licença para a construção da usina – explicou o prefeito Tuca. – Faremos um ato na Câmara para passar a licença, já aprovada pelo Conselho de Urbanismo, à Eletronuclear. Com esse evento de hoje, esperamos esclarecer e dar clareza a vocês, que são multiplicadores dessas ações para os demais setores da sociedade – enfatizou o prefeito.

Plano de Emergência Municipal (PEM)

Para explanar o Plano de Emergência Municipal (PEM), o secretário de Governo e Defesa Civil, Carlos Alexandre Soares, fez um detalhamento das ações previstas para o acionamento do plano, apresentou toda a estrutura da secretaria e os projetos futuros.

– Nós, da Defesa Civil, já mostramos todo nosso preparo em situações de calamidade, como em 2002. Também realizamos, todo dia 10 de cada mês, os testes para verificar a eficácia do sistema de alarme, que conta com oito sirenes – explicou o secretário, falando também a respeito do Plano de Ação Complementar com a Secretaria de Educação, que disponibilizará as unidades escolares necessárias para alojamento, entre outras ações previstas, que estão sempre sendo revistas.

Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron)

O tenente-coronel Saul Zardo, representante do Sipron, falou a respeito da responsabilidade do governo federal na segurança da população e de toda a estrutura de que o Sipron dispõe para preservar os trabalhadores da usina e os moradores das regiões das zonas consideradas de risco de contaminação, em caso de emergência. O Sipron visa assegurar o planejamento, a coordenação e a execução de ações e providências integradas e continuadas que permitirão o imediato e eficaz funcionamento do plano de emergência.

– O governo, a federação, está integrada, totalmente, à questão nuclear. É de responsabilidade da federação proteger a sociedade em qualquer situação que venha interferir no bem-estar da população – explicou o coronel, contando ainda que o presidente Lula está trazendo para si toda a responsabilidade do plano de emergência, que atualmente é de competência do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Plano de Emergência Local (PEL)

Representando a Eletronuclear, Paulo Werneck falou a sobre o Plano de Emergência Local (PEL), de como são controladas as ações locais da empresa e do sistema de segurança da usina, que tem equipamentos que permitem o isolamento de um sistema, caso seja contaminado, para a continuação do funcionamento da usina. Ele falou também sobre os chamados eventos não usuais (ENUs) e sobre o pânico que surge em torno deles, sendo que qualquer perda de energia elétrica externa, de dados de meteorologia, desarme automático do reator, rejeição de carga, fechamento da BR-101 e incêndio no interior da usina são considerados ENUs, e o plano de emergência já poderá ser acionado.

– É importante lembrar que não existe liberação para o Meio Ambiente de radioatividade. O plano é antecipatório, e quando ele é acionado, não existe risco, como as pessoas pensam – frisou Paulo Werneck, lembrando que o plano é revisado a cada dois anos e que, neste ano, ainda em junho, ele será revisto.

Plano de Emergência Externo (PEE)

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), através da Coordenação Geral de Reatores Nucleares (CGRN) e da Divisão de Inspeção Residente de Angra (Diira), apresentou o Plano de Emergência Externo (PEE) através do técnico Jefferson Borges de Araújo e falou sobre o pedido do prefeito Tuca Jordão quanto ao detalhamento dos Relatórios de Atividades e Situação Operacional (Rasos).

– Estamos nos colocando à disposição para relatar de forma mais clara e detalhada os ENUs que ocorrem nas duas usinas – explicou o técnico, contando que neste ano de 2009 foram três os eventos em cada uma delas. Segundo ele, a Eletronuclear tem até uma hora para informar à Cnen sobre qualquer notificação de situação de alerta, e que a funcionalidade do portal da intranet tem facilitado a agilidade do funcionamento da equipe, que fica de prontidão em qualquer emergência.

A Secretaria Estadual de Defesa Civil foi representada no seminário pelo comandante do 10º GBM, tenente-coronel Jerri, que falou sobre o Corpo de Bombeiros, que é ligado à Defesa Civil do Estado e vem realizando um desenvolvimento de recursos humanos com cursos para preparação do seu quadro de funcionários nas situações de emergência, voltado, também, para os agentes de defesa civil e dos bombeiros.

– Realizamos o Programa Permanente  de Proteção Comunitária com palestras educativas, distribuição dos calendários para a familiarização das informações sobre o Plano de Emergência  Interno e Externo. Nossa intenção é fazer um bombardeio de informações para que haja participação da população com voluntários para os exercícios da execução do plano – detalhou o comandante, falando da importância das duas unidades, no Frade e em Mambucaba, construídas para atender as necessidades do plano, mas que têm prestado socorro àquela região.

Em outubro acontece o exercício no Complexo Nuclear, que simula um  acidente, onde se põe em prática o PEE, com a participação das 29 instituições que fazem parte do Sipron.

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