Quadrilhas levam multidão ao Cais de Santa Luzia

O ponto alto do Arraiá da Cidade foi o torneio promovido nos quatro dias da festa entre sete quadrilhas

Segunda-Feira, 20/07/2009 | .

 

O Arraiá da Cidade, no Cais de Santa Luzia, confirmou mais um sucesso de público e de diversão. Milhares de pessoas da comunidade participaram das atividades organizadas pela Associação Cultural de Quadrilhas Juninas de Angra dos Reis, com o apoio da prefeitura, através da Cultuar. A estrutura foi montada pela Cultuar: palcos para os shows de forró e as apresentações das quadrilhas, arquibancadas e 12 barracas com comidas e bebidas típicas.

O ponto alto do arraiá foi o torneio promovido durante os quatro dias da festa. Sete quadrilhas, das 19 que se apresentaram de quinta-feira, 16, até domingo, 19, participaram. O vice-prefeito Essiomar Gomes, representando o prefeito Tuca Jordão, abriu o evento.

Quatro juízes entre eles, a secretária adjunta de Turismo de Paraty, Dalva Lacerda, avaliaram os quesitos: padre, marcador, casamento, casal de noivos e casal caipira, além do conjunto, onde escolheram as três melhores quadrilhas.

A prefeitura, através da Cultuar, ofereceu troféus de participação a todas as quadrilhas. As homenagens foram entregues pelo presidente da Cultuar, Mário dos Anjos, e pela diretora Executiva da Cultuar, Titi Brasil. A premiação pelo torneio, que está a cargo da associação, acontecerá no final do mês com uma grande festa de confraternização.

Ficou definida assim a premiação das quadrilhas e quesitos:

1º lugar – Quadrilha Dito Peres (Morro do Peres) - 75 pontos; 2º lugar – Quadrilha Zé Raimundo (Campo Belo) – 73 pontos; 3º lugar – Quadrilha Zé Fumaceiro (Bracuí) – 72 pontos.

Casamento: Zé Raimundo; Casal Caipira: Zé Raimundo (Maicon e Raquel); Casal de Noivos: Zé Raimundo (Vinícius e Vanessa); Marcador: Dito Peres (Luã); Padre: Zé Piri (Alessandro).

O torneio entre as quadrilhas foi uma novidade este ano. O arraiá ainda teve muito forró e barraquinhas padronizadas vendendo comidas e bebidas típicas. Uma fogueira artificial ficou “acesa” a noite toda, um dos símbolos das festas juninas, como também a ornamentação feita de bandeirinhas coloridas.

Apresentaram-se as quadrilhas: da Educação, Dona Lena e São Malaquias, Zeca Tatu, Pé Inchado, Aconchego da Ciça, Lá Vai Nóis, Quadrilha Zé Piri, Terceira Idade, Grupo Fênix, Zé Buscapé, Dito Peres, Zé Pirraça, Espigão, Quadrilha Zé da Cruz, Zé Raimundo e Zé Fumaceiro. Apresentaram-se ainda as quadrilhas Dito Peres Mirim e Zé Piri Infantil.

Os shows de Miguel e seus teclados, Jarbas e Valério, Quinho do Forró, Gilvan e Tiãozinho do Acordeon animaram os intervalos entre as apresentações das quadrilhas.

A Associação Cultural de Quadrilhas Juninas de Angra dos Reis, há sete anos em atividade, se preparou para a chegada da festa do Arraiá da Cidade. Segundo o seu presidente, Ênio Valverde, há cinco anos à frente da entidade, vários eventos foram realizados nos bairros de origem das 13 quadrilhas associadas.

São elas: Zé Raimundo (Campo Belo); Zé Pirraça (Frade); Zé Piri (Campo Belo-Tijolito); Zé Fumaceiro (Bracuí); Zé Buscapé (Japuíba); Zé da Cruz (Morro da Cruz); Escorrega Lá Vai Nós (Belém); Pé Inchado (Morro do Carmo); Dito Peres (Morro do Peres); Aconchego da Ciça (Encruzo da Enseada); Dona Lena (Frade); São Malaquias (Belém) e Quadrilha da Fortaleza (Morro da Fortaleza).

Competições são realizadas em arraiás montados nos bairros. São escolhidos o melhor casal de noivos, par de caipiras, padre, marcador, além de premiados os três primeiros colocados na categoria conjunto.

-Cada associado promove um arraiá, com a organização da associação, onde não ficam de fora as tradições, como comidas típicas, a ornamentação com bandeirinhas coloridas, sem falar da fogueira e do casamento caipira, que são alguns dos símbolos que atravessaram os tempos-disse o presidente Ênio.

Os arraiás organizados pela associação, que contam com o apoio estrutural da Fundação de Cultura de Angra dos Reis (Cultuar), começaram no dia 4 de junho e só terminam em 2 de agosto, sempre de quinta-feira a domingo.

As quadrilhas juntas reúnem cerca de 800 integrantes, entre eles crianças que ganham seu próprio espaço, nas quadrilhas mirins. Apesar de tentar manterem a tradição, alguns detalhes tiveram que ser adequados aos novos tempos.

-As quadrilhas ganharam uma coreografia nova e muita evolução. As roupas, antes típicas, ganharam mais requinte, como as músicas. As quadrilhas gostam de dançar ao som de sanfonas, mas os sanfoneiros são poucos-lastima Ênio Valverde.

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