Sobe para 102 o número de casos da gripe A, mais conhecida como gripe suína, no município de Angra dos Reis. A prefeitura de Angra, através da Vigilância Epidemiológica da Fundação de Saúde (Fusar), continua no constante combate à doença, informando à população sobre as medidas de higiene e mantendo a equipe da epidemiologia em prontidão para acompanhamento dos casos.
Segundo a Fusar, até a manhã da terça-feira, dia 18, 22 homens foram notificados como casos suspeitos e um está internado na Santa Casa.
As mulheres estão em número maior. Cerca de 40, ao todo, foram consideradas possíveis portadoras do vírus H1N1, mas apenas quatro estão internadas, duas na Santa Casa, uma no Hospital da Praia Brava e uma no Hospital de Clínicas Costa Verde. As demais já foram liberadas.
O cuidado com as crianças levou o prefeito Tuca Jordão a prolongar as férias de julho em mais duas semanas. Só nesta segunda-feira, 17, os alunos do 1º ao 9º ano retornaram às aulas. As crianças da pré-escola e das creches municipais só voltarão na próxima segunda-feira, 24. Até o momento, cerca de 15 crianças foram notificadas como casos suspeitos e uma ainda se encontra internadas na Praia Brava.
Consideradas grupo de risco, as gestantes estão sob atenção constante da Vigilância Epidemiológica. Ao todo, foram 25 as notificadas e apenas uma está internada na Santa Casa, as outras já passaram do período de transmissibilidade do vírus e passam bem.
Dos três casos de óbito, divulgados na semana passada, um foi considerado confirmado, por vínculo epidemiológico, porque a vítima teve contato com a vizinha de 31 anos gripada, com confirmação por exames. O caso é de um morador de 44 anos, da Japuíba, mais conhecido por ser do Morro da Fortaleza, onde reside sua família, que veio a falecer na madrugada do dia 27 de julho. Segundo o presidente da Fusar, Adilson Bernardo, o material para análise não foi colhido pois o paciente procurou atendimento no dia 25 de julho na Santa Casa, após o quinto dia do início dos sintomas, e por isso não havia mais risco de contágio. A família o transferiu para o Hospital Costa Verde no dia seguinte, onde ele veio a falecer.
– Após esse período, o vírus diminui a resistência e as complicações podem vir a ocorrer, como no caso a bactéria da pneumonia, que matou o morador do Areal, na Japuíba – contou Adilson.
O segundo foi de uma senhora de 90 anos, que residia no asilo e veio a óbito na sexta-feira, 7, na Santa Casa. Já o terceiro foi no dia 10, no Hospital da Praia Brava, de uma mulher portadora da síndrome de Down, que residia no bairro de Santa Rita II. Em nenhum desses casos de falecimento há confirmação da doença.
Outro caso suspeito de óbito veio acontecer na terça-feira, 18, de um homem de 31 anos. As amostras foram colhidas e levadas ao laboratório da Fiocruz.
– Já colhemos 54 amostras, e até o momento, o laboratório da Fiocruz só enviou 12 resultados. Nove dos casos foram positivos. As duas crianças uruguaias, que vieram passar férias com a família em um resort da cidade, e mais sete casos, considerados autóctones, ou seja, de origem do município. Os outros três foram negativados, um importado, de um menino de Boston, e dois de Angra – contou o presidente da Fusar, Adilson Bernardo, explicando que os números são irrisórios, visto que a gripe comum infesta milhares de pessoas, e que, se os números forem divididos por mês, temos uma quantidade pequena no município de casos da doença.
Panorama da gripe A em Angra
Até agora, apenas nove casos foram diagnosticados positivos dos 54 exames colhidos no município