Com o Salão da Associação de Moradores da Banqueta lotado de pessoas, foi realizada, na noite do dia 9, a primeira reunião para a elaboração do microzoneamento do Vale da Banqueta para criar regras urbanísticas para o local: classificar a área em zonas (residencial, de preservação, comercial, rural, interesse turístico e outras) e especificar o que poderá ser feito dentro de cada uma delas para que o bairro possa se desenvolver de acordo com as características da região e a vontade da população que nela habita.
O microzoneamento em discussão é uma das exigências do Plano Diretor do município e diz respeito ao vale da Banqueta, situado abaixo da linha de transmissão (não compreende a Área de Proteção Ambiental da bacia hidrográfica do rio Japuíba - Apa da Banqueta - que também está em processo de implantação). Também atendendo a exigências do Plano Diretor, a prefeitura está discutindo o microzoneamento do vale do Ariró.
Durante a reunião, os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente explicaram como se dará todo o processo de elaboração do microzoneamento, e falaram sobre os resultados do trabalho de campo realizado pelos mobilizadores ambientais visando conhecer a realidade atual do vale. Este trabalho resultou em um cadastro de planejamento urbano com fotografias e a história de 190 das 270 residências localizadas na área (idade da casa e história do morador), que deverá ser concluído brevemente com a colaboração da Associação de Moradores, representada por diversos integrantes, incluindo o presidente Diogo Ruiz, que se dispuseram, na reunião, a ajudá-los.
Na ocasião também foi distribuído um questionário para que os moradores levassem para casa e para os vizinhos que não compareceram à reunião, solicitando informações sobre como eles veem o local onde moram e como gostariam que ele fosse, para ser entregue num prazo de 15 dias. Decidiram no encontro que o local para receber os questionários será o módulo de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do bairro. O objetivo do questionário é colher dados importantes para que a secretaria possa dar seguimento ao trabalho com o maior número possível de informações e sugestões da comunidade.
Os moradores, por sua vez, solicitaram diversas informações sobre o assunto, sendo que a preocupação da maioria era se podiam ou não ampliar suas moradias e conhecer quais as bases em que a prefeitura iria se pautar para classificar as zonas. O gerente de Desenvolvimento Urbano da secretaria, Luís Moura, explicou que iriam, em primeiro lugar, levar em conta o desejo dos moradores, sempre respeitando as leis de uso e ocupação do solo vigentes no município.
Os demais representantes da prefeitura no local, o subsecretário de Meio Ambiente, Fernando Pereira, Ana Vitória Hadad, Ana Paula Nascimento, Viviane Salles e Sandra Helena Figueira colocaram-se à disposição, na Secretaria de Meio Ambiente, na Rua do Comércio, 17, para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o assunto. Outras reuniões serão marcadas na comunidade.