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Na sexta-feira, 23, será assinado, no Porto do Rio, o contrato que acaba com a luta de muitos anos do setor portuário: a dragagem do Porto de Angra dos Reis. A cerimônia, que se realizará com as presenças do ministro Pedro Brito, da Secretaria de Portos da Presidência da República, do presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Mello, do prefeito Tuca Jordão e de outras autoridades do setor angrense, acontecerá no Armazém 2.
A empresa vencedora da licitação é a Enterpa Engenharia Ltda. Pelo Cronograma Nacional de Dragagem, a empresa deverá iniciar a obra em 5 de novembro, com o término previsto para dezembro. A dragagem custará em torno dos R$5 milhões.
O trabalho, para se chegar até esta etapa do processo, foi árduo. E requereu o envolvimento dos trabalhadores, suas famílias, sindicatos e a prefeitura, que sempre esteve ao lado da categoria. Inúmeras reuniões foram realizadas, e o governo municipal, através da Secretaria de Atividades Econômicas, fez um intercâmbio maior com os governos estadual e federal.
Durante este processo, o prefeito Tuca Jordão foi algumas vezes a Brasília para tratar do tema. Ele esteve reunido com o ministro dos Portos, Pedro Brito, para tratar da dragagem do Porto de Angra dos Reis, que se comprometeu a agilizar o processo. A obra é uma reivindicação antiga dos trabalhadores portuários e dos sindicatos da categoria.
A ação de dragagem aumentará a profundidade dos berços para 12 metros, possibilitando a atracação de navios de maior calado. A profundidade hoje gira em torno dos oito metros na preamar, ou seja, na maré cheia. É necessário, nesta situação, aguardar a maré subir para carregar e descarregar as embarcações.
– Estamos trabalhando muito para revitalizar o Porto da cidade. Meu sonho é vê-lo operando a maior quantidade de cargas possível, além de ser utilizado para o offshore e o turismo– declarou Tuca, reafirmando a sua vontade de ver o Porto de Angra atuar firme nestas três áreas, ressaltando que isso seria fundamental para a economia do município.
A dragagem, que deverá ser concluída ainda este ano, possui a licença ambiental e uma verba de R$ 5 milhões oriunda do PAC – Plano de Aceleração do Crescimento.
Outra medida tomada pelo prefeito Tuca, para ajudar as 600 famílias diretamente ligadas ao Porto, contou com a ajuda do governador Sérgio Cabral, que assinou um decreto favorecendo o setor. Ele diminuiu a alíquota estadual de importação para cevada: de 12% para 3%. Com essa iniciativa, o Porto de Angra dos Reis pode competir com os portos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo, que têm esse incentivo.
Além disso, foram retomadas as atividades através da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) com o transporte de cargas pela via ferroviária, graças à intervenção da Prefeitura de Angra. O primeiro cliente a usar a via férrea é a Gerdau.