O prefeito Tuca Jordão assinou nesta quarta, dia 30, os convênios com a Caixa Econômica Federal para a liberação de verbas para as obras de saneamento do Centro de Angra dos Reis. A assinatura concretizou uma meta pela qual a Prefeitura de Angra e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) trabalharam durante todo o ano de 2009. Serão R$ 20 milhões para o projeto de saneamento de todo o Centro de Angra, do Morro do Abel ao bairro Marinas, além de aproximadamente R$ 2.700 milhões para a realização de estudos e projetos visando solucionar a questão do abastecimento de água em toda a área continental do município.
– Desde minha campanha que venho dizendo que os três pilares de meu governo são saúde, educação e saneamento – lembrou Tuca Jordão, pouco antes da assinatura.
Participaram da assinatura o diretor-presidente do Saae, Carlos Alberto Marcatti, e os representantes da Caixa, Maria Angélica Camargo e Fernando Rabelo. Também estavam presentes o vice-prefeito Essiomar Gomes, o procurador-geral do município, André Gomes Pereira, os vereadores Leandro Silva e Jorge Eduardo, além do gerente da Caixa de Angra dos Reis, Júlio César Real.
SANEAMENTO DO CENTRO
O objetivo do projeto é a separação absoluta do esgoto e da água pluvial. Será construído um sistema de tratamento de água e esgoto para cerca de 45 mil pessoas. A obra será importante para a despoluição da bacia do Centro de Angra, e do Rio do Choro.
– O trabalho de despoluição que tem sido feito pela balneabilidade da Praia do Anil hoje consiste na dragagem do lodo que está depositado no local. O sistema de tratamento é justamente para que o lodo não seja despejado nas praias – exemplificou Marcatti, que também citou outras áreas da região central a serem beneficiadas com a separação total do esgoto e da água pluvial, como a do cais Santa Luzia e as praias do Aquidabã, da Chácara, do Jardim etc.
O primeiro passo previsto no projeto é a construção de uma estação de tratamento de esgoto com capacidade para 45 mil pessoas ao lado do Iate Clube Aquidabã, na Praia da Chácara, onde hoje já existe uma estação com capacidade para 15 mil. Não se trata apenas da ampliação da capacidade, mas de toda uma nova estruturação que visa a aperfeiçoar o tratamento do esgoto. Com a nova estação, começa o segundo passo que é a construção da rede coletora com as ligações domiciliares, para a coleta do esgoto separada da água pluvial. Também serão construídas oito estações elevatórias, para as sub-bacias que formam a área central, respeitando-se a topografia da região. As elevatórias funcionam como intermediárias para levar o esgoto coletado até a estação de tratamento. Uma elevatória leva o esgoto para outra, por meio do bombeamento, até chegar a estação principal, na Praia da Chácara.
ESTUDOS E PROJETOS PARA O ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O objetivo será estudar soluções definitivas e economicamente viáveis para o abastecimento de água em Angra dos Reis. Marcatti explica que a princípio a ideia é captar água do rio Bracuí, que demonstra capacidade para abastecer o município, mas tudo vai depender das análises da empresa contratada para o serviço. O trabalho também deve incluir estudos ambientais, já que os impactos ao meio ambiente também serão considerados nas soluções apontadas. Marcatti explica que a opção da prefeitura pelo planejamento bem estruturado significa facilidades de financiamento do projeto no futuro.
– Estudos como este facilitam a busca de recursos. O que leva o município a conseguir financiamentos, seja com o governo federal ou com outros parceiros, são os projetos bem planejados.
CRONOGRAMA
De acordo com os convênios, o saneamento do Centro terá um prazo de 24 meses para ser executado. Para os estudos e projetos sobre abastecimento de água o prazo é de oito meses. Tudo a contar da ordem de serviço, quando a prefeitura autoriza o início dos trabalhos. De acordo com Marcatti, a previsão é de publicar os dois editais – para as obras de saneamento e para a realização de estudos e projetos – até o dia 28 de janeiro.