O projeto de resgate do artesanato feito com o osso do peixe cavala está sendo ampliado este ano com oficinas em vários bairros, pela Prefeitura. Ele é coordenado pela InterAção, com apoio da TurisAngra e da Secretaria de Pesca. As oficinas são ministradas pela artista e educadora Lyla Melo.
A primeira aula acontecerá no Centro da cidade, no restaurante Fogão de Minas, na terça-feira, 6 de maio, às 17h. A segunda etapa dessa oficina será realizada na Ordem Terceira do Carmo. As oficinas começaram em agosto de 2007 e já foram realizadas nas comunidades da Praia do Jardim, Morro da Lambicada, Bracuí e Morro da Caixa D’água.
O objetivo do projeto, apoiado pela Prefeitura, é de resgatar e desenvolver um artesanato genuinamente angrense. As oficinas são divididas em quatro módulos com duração de duas horas. A primeira aula é destinada à retirada do osso da cabeça do peixe, limpeza e conservação do mesmo e, também, é ensinado uma receita do tradicional peixe com banana, que é saboreado pelos alunos no final da aula.
Estão previstas mais quatro oficinas para os meses de junho, agosto, setembro e outubro na Praia de Araçatiba e nos bairros de Monsuaba, Sertão do Bracuí e Vila Histórica. A proposta do projeto é despertar o interesse por esse artesanato, cheio de encantamento lendário, sensibilizando a comunidade pesqueira, os proprietários dos restaurantes e os artesãos para o resgate desse artesanato que é tão original em nossa cultura.
HISTÓRIA Em 1632, aportou em Angra dos Reis uma nau a caminho de Itanhahém, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição. A lenda narra que, a cada tentativa do navio de seguir viagem, desabava uma tempestade. A população então, entendendo que a imagem da santa desejava permanecer na cidade, arrecadou dinheiro e a comprou do comandante. Conta-se que no mesmo período apareceu grande quantidade do peixe “cavala”. Curiosamente, o osso central da cabeça desse peixe lembra a imagem da santa.