Oficina Ampliada da Dengue

Funcionários da Saúde, Educação e Integraçao Governamental participam de Oficina sobre a Dengue em Nova Iguaçu

Sexta-Feira, 15/08/2008 | .

Com o objetivo de procurar maneiras mais  eficazes para enfrentar a dengue na região, a Prefeitura de Angra dos Reis vem se aperfeiçoando  possibilitando que equipes da saúde e de outras secretarias municipais possam participar de palestras e cursos,  além de continuar com o trabalho diário de prevenção e combate que vem sendo feito sistematicamente em todos os bairros pelos agentes de saúde.  No dia 14, das 9 às 17 horas, funcionários das secretarias de Saúde, Educação, Defesa Civil e da  Integração Governamental participaram de mais um evento durante a Oficina Ampliada da Dengue 2008, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu.

 O evento voltado para os municípios da Costa Verde foi realizado pela Secretaria Estadual de Saúde através da Regional da Baía da Ilha Grande. A oficina ampliada foi coordenada por Gualberto Teixeira dos Santos Júnior, chefe do Setor de Doença Transmissíveis por Vetores e Zoonozes do Estado e contou com importantes contribuições como a do diretor de Risco Ambiental e Saúde da Vigilância Epidemiológica da SES, Mário Sérgio Ribeiro; além de representantes de outros setores da Secretaria de Estado e do  Laboratório Central Noel Nutels.

-         Esta é a quarta oficina ampliada que realizamos com as prefeituras do Estado. Criamos  uma rede solidária de prevenção e controle da doença com o objetivo  principal de evitar que pessoas morram por causa da dengue. Temos diversos desafios e somente podemos vencê-los nos ajudando mutuamente por isso insistimos que o ideal é  trabalhamos em uma rede solidária e Angra dos Reis é  uma das  importantes parceiras que está atuando seriamente para o controle da doença em sua região - afirmou Gualberto.

 

             Interiorização e mudança do padrão de transmissão, o papel da Atenção Básica articulando redes, os 3 últimos anos da dengue, exemplos do plano de contingência  do Médio Paraíba, criação de rede solidária de prevenção e controle,  proposta de intersetorialidade e como minimizar falhas no processo de diagnóstico laboratorial  permearam as discussões durante todo o dia.

            Investir na Atenção Básica de Saúde com serviços de prevenção e estruturação da vigilância ambiental, segundo os participantes é um dos maiores desafios do setor no enfrentamento da doença que só poderia ser mais bem controlada se no país fossem realizados grandes projetos ambientais e “ isto não depende apenas de políticas de saúde e sim de uma política ambiental e educacional mais consistente,   pois a dengue se instala principalmente em grandes aglomerados populacionais, como foi o caso da Japuíba em Angra dos Reis”, explicou Gualberto Teixeira.

Todos os participantes da oficina concordaram que investir em Atenção Básica é um dos principais caminhos que têm que ser seguidos pelas Prefeituras, realizando diversas importantes ações como: campanhas de prevenção nos bairros;   abrir o leque de suspeição de casos que chegarem aos postos;   realizar  hidratação precoce nos pacientes e incentivar a hidratação oral  para evitar agravamento dos casos e internações;  capacitar  profissionais para realizarem hidratação venosa; adotar o cartão da dengue para que o paciente tenha relatado nele seu tratamento;  acompanhar o paciente durante o período da doença fazendo com que ele retorne a unidade de saúde para mais de uma consulta e  ampliar o número de coletas de sangue nas unidades para que os resultados saiam com mais rapidez.

Lembraram sobre a necessidade de capacitar profissionais para que realizem coleta,    manuseio e acondicionamento dos exames com mais cuidado  e orientaram também para que os exames  tenham todos os dados corretos dos pacientes como nome, idade, endereço (com rua, bairro e município) data da coleta, sintomas e dados clínicos para agilizar respostas para a população.

Outras orientações importantes para as prefeituras foram para não deixarem os atendimentos nas unidades chegarem ao limite para somente depois montarem as tendas. Recomendaram também que os municípios devem, como acontece em Angra, envolver todas as secretarias, população, imprensa e empresas nas ações de combate e prevenção à dengue, pois somente com ações conjuntas, o enfrentamento à doença poderá melhorar no Estado.

 

 

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