Prefeito participa do batismo

O prefeito Fernando Jordão participou na terça-feira, 7, do batizado da P-51 no Estaleiro BrasFels junto com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o ministro de Minas e Energia Edison Lobão, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o deputado Luiz Sérgio, entre outros. Os metalúrgicos, cerca de sete mil trabalhando hoje no estaleiro, participaram da cerimônia mesmo debaixo da chuva que caiu no começo da tarde.

A primeira-dama do Brasil, Marisa Letícia Lula da Silva foi a madrinha da plataforma. Depois de descerrar a placa, ela acionou um dispositivo eletrônico simbolizando o lançamento da P-51.

O prefeito Fernando Jordão ficou feliz com mais essa grande vitória do povo angrense. A P-51 é um marco no processo de retomada da indústria naval brasileira. Ela é primeira plataforma semi-submersível construída integralmente no Brasil, e o estaleiro angrense participou deste novo processo. No Governo Fernando Jordão, esta é a segunda grande plataforma feita no estaleiro. A P-52 ficou pronta no ano passado e está em operação no campo de Roncador, na Bacia de Campos. Com a ajuda do governo do estado a Prefeitura reabriu o estaleiro logo que o prefeito Fernando Jordão assumiu o governo.

- Temos que agradecer a ministra Dilma e ao presidente Lula. A interferência nesse processo impediu que as nossas plataformas fossem construídas fora do Brasil. Agradeço também pela continuidade das obras da usina Angra III e pela criação do CEFET em Angra dos Reis. E esperamos que outras obras sejam feitas aqui no nosso estaleiro, que tem uma mão de obra qualificada e eficiente, - falou o prefeito Fernando Jordão.

O presidente Lula que participou da cerimônia de batismo da P-51 vestindo um jaleco laranja, presente oferecido pela Petrobras, estava satisfeito com o resultado da obra

- Eu tenho orgulho de vir aqui. Isso aqui (P-51) é como se fosse um filho de todos nós. Essa é nossa filha, onde ela estiver e onde tiver um peão brasileiro, um engenheiro brasileiro, a gente tem que dizer: “Nós somos porretas mesmo. Somos capazes de fazer isso e muito mais do que isso, - discursou Lula relembrando que a Petrobras alegava que os estaleiros nacionais não tinham condição de construir as plataformas encomendadas por ela.

A ministra Dilma anunciou que estão disponibilizados para financiamentos, através do Fundo da Marinha Mercante, R$ 10 bilhões.

- Obviamente que ainda estamos numa fase de estruturação da nossa indústria naval. É por isso que a ministra Dilma anunciou 10 bilhões de reais, que é uma espécie de garantia para que a nossa indústria naval possa ter a certeza de que vai ter financiamento para continuar crescendo, no Brasil, - disse Lula.

O governador Sérgio Cabral disse estar feliz com a conclusão de mais uma grande obra feita no Estaleiro BrasFels.

A P-51 ficará ancorada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ), a uma profundidade de 1,2 mil metros e instalada a 150 km da costa. Será interligada a 19 poços (dez produtores de óleo e gás e nove injetores de água) e produzirá óleo de 22º graus API. A previsão é que ela siga ainda em outubro para a Bacia de Campos e comece a operar no final deste ano.

De acordo com a Petrobras, a nova unidade integra o Plano de Antecipação da Produção de Gás Natural (Plangás) e será estratégica para o aumento da oferta de gás natural ao mercado brasileiro. A P-51 também integra o Plano Diretor de Escoamento e Tratamento (PDET) da Bacia de Campos, sistema logístico estratégico para o escoamento de petróleo e gás produzidos nessa região.

A construção da P-51 é um marco no processo de retomada da indústria naval brasileira. Em fevereiro de 2003, pouco depois da posse do presidente Lula, a direção da Petrobras optou por suspender o processo de licitação da P-51 e da P-52, que já estava em andamento, para incluir no edital a exigência de conteúdo nacional mínimo.

A exigência passou a ser adotada em todas as licitações realizadas pela Petrobras desde então, o que permitiu à indústria naval brasileira reestruturar-se de modo a poder atender, hoje, boa parte do volumoso programa de encomendas recentemente anunciado pela Companhia para os próximos anos.

As obras dessa nova plataforma geraram cerca de quatro mil empregos diretos e 12 mil indiretos, contribuindo tanto para o crescimento da indústria nacional quanto para o aumento do volume de empregos no País.

Em 2010, quando atingir sua capacidade operacional máxima, de 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a P-51 será responsável por cerca de 8% da produção nacional de petróleo.

Com investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, a plataforma foi construída pelo consórcio FSTP (Keepel Fells e Technip) nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro, Itaguaí e Angra dos Reis, pela Nuovo Pignone, Rio de Janeiro e pela Rolls Royce, em Niterói. 

Localização: campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, a 150 km da costa;
Capacidade de produção: 180 mil barris de petróleo por dia;
Capacidade de compressão de gás: 6 milhões de m³ por dia;
Capacidade de injeção de água: 282 mil barris de água por dia;
Geração elétrica: 100 MW (energia suficiente para iluminar uma cidade de 300 mil habitantes);
Lâmina d’água: 1255 m;
Poços produtores: 10 ;
Poços injetores: 9;
Acomodações: 200 pessoas;
Comprimento x Largura: 125 x 110 m ;
Peso total: 48 mil toneladas.