As empresas que farão as obras da usina nuclear Angra 3 não poderão construir e nem implementar, no município de Angra dos Reis, alojamentos para operários vindos de outras regiões. O Decreto de proibição de Nº 6.722 foi assinado pelo Prefeito Fernando Jordão em novembro deste ano e está em pleno vigor.
A medida foi tomada pela Prefeitura na tentativa de frear o temido fluxo migratório, que não é benquisto pela população que sofre até hoje com os impactos sociais causados pelas construções das usinas Angra 1 e 2.
Com esta medida, o governo municipal cumpre um dos compromissos firmados durante audiências públicas com a população, sindicatos e entidades ambientais, e segue orientação do Grupo de Trabalho ( formado por representantes de diversas secretarias municipais) criado recentemente para estudar assuntos ligados a liberação de licença, possíveis impactos e contrapartidas do empreendimento.
A justificativa do prefeito Fernando Jordão para o decreto de proibição é de que Angra dos Reis já possui mão-de-obra instalada fortemente ociosa exercendo pressão para que as obras sejam feitas por trabalhadores locais e que a migração não é benéfica para a região.
_ Sempre fui favorável a construção de Angra 3 porque acredito que ela é necessária para o País. Mas junto com alojamentos vem uma mão de obra de fora que acaba permanecendo na cidade, como aconteceu no passado, aumentando o contingente de desempregados, a ocupação desordenada nas áreas periféricas à usina, inclusive em zonas rurais e de preservação permanente e multiplicando as necessidades de implantação de serviços públicos, um ônus que o poder público está impossibilitado de assumir. Nosso compromisso é atender a população e ela vem reivindicando há muito tempo que as obras da nova usina sejam feitas por trabalhadores que residam em Angra. Por isto vamos continuar trabalhando firmemente para fazer valer o decreto e para sermos atendidos com as contrapartidas necessárias para a cidade- afirma o Prefeito Fernando.