O cinema em Angra está começando a caminhar ao encontro de um público diversificado, abrindo um novo leque de informação e diversão para a população da cidade, através do Projeto Olhares, da Fundação Cultural de Angra (Cultuar).
A Cultuar, com o projeto, promete voar alto e tornar o cinema em Angra acessível a um número maior de pessoas reunidas em entidades, associações, escolas e demais instituições sociais, já que na cidade existe apenas um cinema privado e localizado em área central, longe dos bairros periféricos e do alcance econômico da maioria da população da cidade.
O primeiro passo já foi dado com exibições de filmes seguidos de debates no Centro de Atenção à População de Rua , que funciona no Bracuí, a pedido das servidoras do Centro Luciana Araújo e Simone de Souza (psicólogas) e Miquelina Figueiredo (assistente social), que sentiram a necessidade de promover mais atividades culturais, de informação e de lazer com os usuários (pessoas que estão em processo de reintegração social) e trincheiros ( aqueles que estão de passagem pelo município e procuram abrigo no Centro).
No Centro de Atenção à População de Rua, o projeto está acontecendo durante toda a última terça-feira do mês, no período da tarde, com exibição de um a dois filmes, conforme o tempo disponível pela plateia, formada por usuários e funcionários.
O motivador cultural da Cultuar, Alexandre Elias, responsável pela exibição e seleção dos filmes, está confiante no projeto e não vê a hora do Olhares se firmar no cenário cultural e atender a um número maior de expectadores.
_ No Centro de Atenção à População de Rua, onde existe um espaço privilegiado esperando ser ocupado pelos artistas de nossa cidade, o Cine Olhares foi muito bem recebido. Toda a plateia participa, questiona, se emociona e se diverte com os filmes. E esta é nossa proposta – levar a arte cinematográfica cada vez mais perto e ao alcance de olhares múltiplos – diz ele.
O objetivo do Projeto Olhares, segundo o diretor cultural da fundação, Fabrício Lopes, é sempre exibir filmes com conteúdos educacionais e de lazer, seguidos de debates, como os da Mostra Etnodoc- documentários que valorizem todas as manifestações culturais e artísticas – e demais longas com artistas premiados e de sucesso de bilherias, como “Avatar” e “Antes da partir”, que já foram exibidos no Centro de Atenção à População de Rua.
O presidente da Cultuar Roberto Peixoto, e a diretora executiva Stella Salomão também trabalham para que o cinema em Angra deslanche e seja acessível a todos.
Roberto adianta que a Cultuar pretende ir mais longe.
_Brevemente lançaremos mais um projeto com montagem de telão nos bairros ( praças e quadras esportivas) para exibir grandes filmes para um número maior de pessoas. Para isso, já estamos adquirindo um grande acervo de filmes.
Com o acervo pretendemos montar uma videoteca na sala de vídeo do Centro Cultural Theophilo Massad, onde já funciona o projeto Cine no Centro, com exibição de filmes temáticos semanais. O Cine no Centro está paralisado devido ao fechamento do espaço, que entrará em obras – afirma o presidente da Cultuar.