Cine no Centro de Atenção à População de Rua

Projeto Olhares, da Cultuar, exibe e promove debates de filmes etnográficos e de sucesso de bilheteria

Quarta-Feira, 29/09/2010 | .

    O cinema em Angra está começando a caminhar ao encontro de um  público diversificado, abrindo um novo leque de informação e diversão para a população da cidade, através do Projeto Olhares,  da Fundação Cultural de Angra (Cultuar).


 A Cultuar,  com o projeto,   promete voar alto e tornar o cinema em Angra acessível a um número maior de pessoas reunidas em entidades, associações, escolas e demais instituições sociais, já que na cidade existe apenas um cinema privado e localizado em área central, longe dos bairros periféricos e do alcance econômico da maioria da população da cidade.
 


O primeiro passo  já foi dado com exibições de filmes  seguidos de debates no Centro de Atenção  à População de Rua , que funciona no Bracuí, a pedido das servidoras do Centro  Luciana Araújo e Simone de Souza (psicólogas) e  Miquelina Figueiredo (assistente social),  que sentiram a necessidade  de promover mais atividades culturais, de informação e  de lazer  com os usuários (pessoas que estão em processo de reintegração social) e trincheiros ( aqueles que estão de passagem pelo município e procuram abrigo no Centro).


 No Centro de Atenção à População de Rua, o projeto está acontecendo durante toda a última terça-feira do mês, no período da tarde, com exibição de um a dois filmes, conforme o tempo disponível pela plateia, formada por usuários e funcionários.
 


O  motivador cultural da Cultuar, Alexandre Elias, responsável pela exibição  e seleção dos filmes, está confiante no projeto  e não vê a hora do Olhares se firmar no cenário cultural e atender a um número maior de expectadores.
 


 _ No Centro de Atenção à População de Rua, onde existe um espaço privilegiado esperando ser ocupado pelos artistas de nossa cidade, o Cine Olhares foi muito bem recebido. Toda a plateia participa,  questiona, se emociona e se diverte com os filmes. E esta é nossa proposta –  levar a arte cinematográfica cada vez mais perto e ao alcance de olhares múltiplos – diz ele.
 


O objetivo do Projeto Olhares,  segundo o diretor cultural da fundação,  Fabrício Lopes,  é sempre exibir filmes com conteúdos educacionais e de lazer, seguidos de debates, como os da Mostra Etnodoc- documentários que valorizem todas  as manifestações  culturais e artísticas – e demais longas com artistas premiados e de  sucesso de bilherias, como “Avatar” e “Antes da partir”, que já foram exibidos no Centro de Atenção à População de Rua.


 O presidente da Cultuar Roberto Peixoto,  e a diretora executiva Stella Salomão também trabalham para que o cinema em Angra deslanche e seja acessível a todos.


Roberto adianta que a  Cultuar  pretende ir mais longe.
 _Brevemente lançaremos mais um projeto com montagem de telão nos bairros ( praças e quadras esportivas) para exibir grandes filmes para um número maior de pessoas. Para isso, já estamos adquirindo um grande acervo de filmes.


Com o acervo pretendemos  montar uma videoteca na sala de vídeo do Centro Cultural Theophilo Massad,  onde já funciona o projeto Cine no Centro, com exibição de filmes temáticos semanais. O Cine no Centro está paralisado devido ao fechamento do espaço, que entrará em obras – afirma o presidente da Cultuar.

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